segunda-feira, 28 de outubro de 2013

MARTIN FIERRO O GAÚCHO



                                                      El Gaucho Martín Fierro




"Aquí me pongo a cantaral compás de la vigüela,
que el hombre que lo desvelauna pena estraordinaria,
como la ave solitariacon e cantar se consuela."
 
 
 

Com o primeiro, e acredito, mais conhecido verso de José Hernández, abrimos a porteira para falar sobre El Gaucho Martín Fierro.

Em uma conversa com um patrício outro dia desses, falávamos sobre nossa arte crioula e curiosamente, o mesmo, que por sinal és uma referência de gauchismo, apesar de conhecer, não havia lido ainda uma das maiores obras latino-americanas, que é o gaúcho Martín Fierro. Foi então que me dei por conta que se ele ainda não teria lido muitos outros deveriam não conhecer tal obra.

Pois bueno, quantas vezes escutamos falar em Martín Fierro em nossas poesias e músicas crioulas? Um exemplo é a música "A moda Martín Fierro" do grande payador Jayme Caetano Braun . Também temos na fronteira do estado Um canto para Martín Fierro , festival de música nativista em Santana do Livramento.


Mas e quem será esse tal Martín Fierro?


El gaúcho Martín Fierro, ou simplesmente Martín Fierro é personagem do Argentino José Hernández e tornou-se símbolo do homem da pampa no Rio Grande do Sul, Argentina e Uruguai e hoje é referência de gauchismo e idolatrado por gaúchos e gauchos das três pátrias. Martín Fierro, é um espelho do homem da pampa gaúcha, que no desenrolar de sua história, mostra o cotidiano de um homem do campo que é recrutado para defender sua pátria e sentindo-se lesado deserta da tropa tornando-se um salteador que passa por façanhas e dificuldades na luta pela sobrevivência mas sempre mostrando a hombridade do gaúcho.







A obra foi escrita nos três países, Brasil, Argentina e Uruguai, mas teve seus primeiros versos nascidos no Rio Grande do Sul, pra ser mais preciso em 1872, numa pequena pensão em Santana do Livramento, na atual esquina da rua Rivadávia Côrrea com a rua Uruguai, enquanto seu autor José Hernández encontrava-se exilado (1870/1872).



O livro, escrito todo em versos e com uma linguagem campeira já foi traduzido para mais de 30 idiomas, inclusive em português pelo poeta gaúcho Nogueira Leiria. Apesar da grande tradução do poeta, aconselho a leitura do original em espanhol.

Bueno, sem dúvida alguma, todo gaúcho que se preze deve ler essa obra.
 
 
 
 



 
 
 
 
 
 
 



 
 
 
 
 

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