segunda-feira, 3 de dezembro de 2012

CAUSOS GAÚCHOS

 
CAUSOS:
Se tem uma coisa que eu realmente aprecio é os causos gaúchos e a forma como são contados. Não adianta sentar numa roda de chimarrão e contar aquele causo engraçado como se tivesse numa consulta com um urologista. Tem que ser com emoção, com vontade e, principalmente, tem que saber fazer um suspense. Se o desfecho da história vai ser realmente engraçado é sempre bom ter aquelas pausas dramáticas ou então aumentar um pouco mais o conto pra fazer valer a pena o tempo investido em ouví-lo.
Os únicos livros de contos que eu li, até hoje, foram apenas de causos gaúchos. Não consigo ler aqueles que são mais melosos ou que parecem cópias baratas de Shakespeare. Eu acho que, quando se vai ler um livro desse tipo, é necessário primar pela originalidade e pela riqueza das histórias. Quanto mais cheias de regionalismo, de figuras típicas e de churrasco, tanto melhor para os nossos olhos. É muito bom poder ler uma história e conseguir imaginar perfeitamente o cenário onde ela se passa, os personagens e a roda de chimarrão ouvindo atenta o peão contando, cheio de pompa.

CAUSO:
“ O grupo de amigos que se reunia, após o almoço, no Clube Caixeiral de Santana do Livramento, falava em doenças. Todo um corso de
males desfilava. Até que alguém comentou que um parente seu estava
por morrer, de diabete.
O então Bilica, despachado e falastrão,
comentou que diabete era com ele mesmo:
– Tirei carta de doutor cuidando de diabético. Minha santa
avó – que Deus levou – tinha tanto açúcar no sangue, que eu e meus
irmãos colocávamos arandelas de lã de pelego nos pés da cama da
velha…
– Pra que, Bilica 

Pras formigas não comerem a pobre da velha que, mal
comparando, era uma rapadura que falava.”

QUEM CONTA UM CONTO , AUMENTA UM PONTO. 
Vai lá, esquenta a água, prepara o mate e lê esta obra que vale cada pataca gasta.

 
 
 


        

                                                 Rapa de Tacho – Causos Gauchescos
                                                             Autor: Apparicio da Silva Rillo
   

Um comentário:

  1. O LAUTERIO TINHA UM BOLICHO,E DISSE PARA O LICANOR SEU AJUDANTE MAIS GROSSO QUE ARROTO DE BURRO!!A COISA TÁ FEIA !NÃO TEM MAIS FIADO E SÓ NO PAU.
    NO OUTRO DIA CEDO ENTRA UMA VELHINHA E PERGUNTA!
    LICANOR TEM CEBO?
    O LICANOR DISSE TEM

    MAS É SÓ NO PAU!!KKKKK

    ResponderExcluir