MANEIRA
SIMPLES DE CURTIR UMA CUIA
Para usar uma cuia nova ou que esteja sem uso há vários meses recomenda-se que seja lavada com água FRIA deixando que as paredes internas fiquem úmidas.
Para usar uma cuia nova ou que esteja sem uso há vários meses recomenda-se que seja lavada com água FRIA deixando que as paredes internas fiquem úmidas.
Em seguida coloca-se 1 colher de erva mate seca movimentando-a
dentro da cuia para que grude nas paredes internas. Repetir a operação acima a
cada 4 ou 5 horas por 2 ou mais vezes.
Importante: após o uso lava-se a cuia e deixa-se secar à sombra
na posição horizontal.
Não há contra-indicações ao uso da erva-mate, em
qualquer uma das suas formas, para pessoas de quaisquer idades. Ao contrário, a
erva-mate possui inúmeras propriedades extremamente benéficas ao organismo
humano.
Energizante. Sustenta as forças e o vigor do corpo
humano durante o dia todo, independentemente até de qualquer outra alimentação.
É muito recomendada para dietas.
Fortificante poderoso, por sua riqueza em Sais
Minerais (de Cálcio, Ferro, Magnésio, Sódio, Potássio e outros) e em Vitaminas
(B, C, D e E).
Provoca a vaso-dilatação, ocasionando a redução da
pressão arterial - por isso, é indicada também como auxiliar no tratamento da
arteriosclerose.
Considerada como um verdadeiro complemento alimentar,
recomendada para superar fadigas e suprir deficiências alimentares. A erva-mate
diminui a sensação de fome.
Atuante na defesa orgânica, sendo extremamente
benéfica aos diversos tecidos do corpo humano.
Tônico cardíaco, por sua ação vaso-dilatadora e
riqueza em Manganês, Cálcio e Potássio. Seus efeitos no aparelho circulatório
são notáveis.
Auxilia a digestão e tem ação diurética - facilitando
o trabalho dos rins.
Bebida com poderes afrodisíacos comprovados, pela
estimulação que provoca.
Possui propriedades sudoríferas, é um estimulador
neuro-muscular e cicatrizante eficaz.
O consumo constante da erva-mate amplia a capacidade
respiratória, combate a anemia, o diabetes e a depressão.
A erva-mate é 100% natural.
E é deliciosa.
E é deliciosa.
Características Botânicas
Seu caule, de cor acinzentada, tem em média 30 centímetros de diâmetro. Seu porte é variável e dependendo da idade pode atingir 12 metros de altura, mas geralmente quando podada não passa dos 7 metros.
Seu caule, de cor acinzentada, tem em média 30 centímetros de diâmetro. Seu porte é variável e dependendo da idade pode atingir 12 metros de altura, mas geralmente quando podada não passa dos 7 metros.
As folhas, parte mais importante do vegetal, são alternadas,
ovais, com bordas providas de pequenos dentes, visíveis principalmente da metade
do limbo para a extremidade.
Na floração, apresenta cachos de 30 a 40 flores brancas com
quatro pétalas, agrupadas em cimeiras fasciculadas nas axilas das folhas.
O fruto é uma drupa globular muito pequena, pois mede de 6 a 8
mm, de coloração verde quando novo, passando a vermelho-arroxeado em sua
maturidade, Cada fruto possui quatro ou cinco sementes.
Na América do Sul existem aproximadamente 280 espécies
conhecidas da família das aquifoleáceas, 60 das quais encontram-se no Brasil.
A nossa erva-mate, extraída da Ilex paraguariensis pertence à citada família. Tal classificação deve-se ao sábio naturalista Auguste de Saint'Hilaire, que de volta de sua célebre viagem à América, em 1823, apresentou longo relatório à Academia de Ciências do Instituto de França, fazendo sentir a necessidade de sua classificação botânica. A amostra para identificação foi coletada nos arredores de Curitiba, mas, segundo alguns autores, houve troca de etiquetas e a erva-mate foi identificada como Ilex paraguariensis, St. Hilaire, como sendo originária do Paraguai, nome científico pelo qual é conhecida até nossos dias.
A nossa erva-mate, extraída da Ilex paraguariensis pertence à citada família. Tal classificação deve-se ao sábio naturalista Auguste de Saint'Hilaire, que de volta de sua célebre viagem à América, em 1823, apresentou longo relatório à Academia de Ciências do Instituto de França, fazendo sentir a necessidade de sua classificação botânica. A amostra para identificação foi coletada nos arredores de Curitiba, mas, segundo alguns autores, houve troca de etiquetas e a erva-mate foi identificada como Ilex paraguariensis, St. Hilaire, como sendo originária do Paraguai, nome científico pelo qual é conhecida até nossos dias.
Pesquisas científicas recentes efetuadas pelo Laboratório Eddy
de New York, determinou o seguinte teor de vitaminas, no mate:
º Vitamina A (sob forma de beta carotene) 2.200 U.I.
º Vitamina B1 57 U.I.
º Vitamina B2 (unidades) Sherman Bourquin 69g
º Vitamina C 142 U.I.
PROPRIEDADES MEDICINAIS
º Vitamina B1 57 U.I.
º Vitamina B2 (unidades) Sherman Bourquin 69g
º Vitamina C 142 U.I.
PROPRIEDADES MEDICINAIS
Apresentando as seguintes propriedades terapêuticas:
º Estimulante dos nervos e músculos.
º Diurético - favorecendo a diurese.
º Estomáquico - facilita a digestão
º Sudorífico - benéfico nas gripes e resfriados.
º A cafeína contida na erva-mate, atua em casos de cólicas renais, depressões nervosas e fadigas cerebrais em geral.
Você sabia ?. . . A disseminação da erva-mate é "ornitócora" isto é: os pássaros alimentam-se dos pequenos frutos e depois os expelem envoltos em dejetos, o que concorre para favorecer a sua germinação.
º Estimulante dos nervos e músculos.
º Diurético - favorecendo a diurese.
º Estomáquico - facilita a digestão
º Sudorífico - benéfico nas gripes e resfriados.
º A cafeína contida na erva-mate, atua em casos de cólicas renais, depressões nervosas e fadigas cerebrais em geral.
Você sabia ?. . . A disseminação da erva-mate é "ornitócora" isto é: os pássaros alimentam-se dos pequenos frutos e depois os expelem envoltos em dejetos, o que concorre para favorecer a sua germinação.
Tradição além das fronteiras
gaúchas
Uma lenda indígena, descrita por Alcides Gatto, da Universidade Federal de Santa Maria, indica como começou o uso da erva mate. A mais antiga aponta para a trajetória de uma tribo nômade de índios guarany. Um dia, um velho índio, cansado das andanças, recusou-se a seguir adiante, preferindo ficar na tapera. A mais jovem de suas filhas, apesar do coração partido, preferiu ficar com o pai, amparando-o até que a morte o levasse à paz do Yvi-Marai, a seguir adiante, com os moços de sua tribo.
Uma lenda indígena, descrita por Alcides Gatto, da Universidade Federal de Santa Maria, indica como começou o uso da erva mate. A mais antiga aponta para a trajetória de uma tribo nômade de índios guarany. Um dia, um velho índio, cansado das andanças, recusou-se a seguir adiante, preferindo ficar na tapera. A mais jovem de suas filhas, apesar do coração partido, preferiu ficar com o pai, amparando-o até que a morte o levasse à paz do Yvi-Marai, a seguir adiante, com os moços de sua tribo.
Essa atitude de amor rendeu-lhe uma recompensa. Um dia um pajé
desconhecido encontrou-os e perguntou à filha Jary o que é ela queria para ser
feliz. A moça nada pediu, mas o velho pediu 'renovadas forças para poder seguir
adiante e levar Jary ao encontro da tribo'.
O pajé entregou-lhe uma planta muito verde, perfumada de bondade, e o ensinou que, plantando e colhendo as folhas, secando-as ao fogo e as triturando, devia colocá-las num porongo e acrescentar água quente ou fria. 'Sorvendo essa infusão, terás nessa nova bebida uma nova companhia saudável mesmo nas horas tristonhas da mais cruel solidão'. O ancião se recuperou, ganhou forças e viajou até o reencontro de sua tribo.
Assim nasceu e cresceu a caá-mini, que dela resultou a bebida caá-y, que os brancos mais tarde chamaram de chimarrão. A origem do nome mate vem do povo espanhol, que preferiu usar a palavra 'mati' (cuia), da língua quíchua, para se ajustar melhor à modalidade grave do idioma. No entanto, logo foi substituída por uma palavra guarany - caiguá - nome composto por caá (erva), i (água) e guá (recipiente).
O pajé entregou-lhe uma planta muito verde, perfumada de bondade, e o ensinou que, plantando e colhendo as folhas, secando-as ao fogo e as triturando, devia colocá-las num porongo e acrescentar água quente ou fria. 'Sorvendo essa infusão, terás nessa nova bebida uma nova companhia saudável mesmo nas horas tristonhas da mais cruel solidão'. O ancião se recuperou, ganhou forças e viajou até o reencontro de sua tribo.
Assim nasceu e cresceu a caá-mini, que dela resultou a bebida caá-y, que os brancos mais tarde chamaram de chimarrão. A origem do nome mate vem do povo espanhol, que preferiu usar a palavra 'mati' (cuia), da língua quíchua, para se ajustar melhor à modalidade grave do idioma. No entanto, logo foi substituída por uma palavra guarany - caiguá - nome composto por caá (erva), i (água) e guá (recipiente).
A tradição do chimarrão é antiga e remete a tradição à história
da colonização espanhola. Soldados espanhóis, que aportaram em Cuba e foram ao
México 'capturar' os conhecimentos das civilizações Maia e Azteca, em 1536
chegaram à foz do Rio Paraguay. Impressionados com a fertilidade da terra às
margens do rio, fundaram a primeira cidade da América Latina: Assunción del
Paraguay.
Acostumados a grandes 'borracheras' - porres memoráveis que muitas vezes duravam a noite toda - os desbravadores, nômades por natureza, sofriam com a ressaca. Aos poucos, foram tomando o estranho chá de ervas utilizado pelos índios Guarany e notavam que no dia seguinte ficavam melhores. Realmente, o mate amargo é um bom ativante do fígado, auxiliando a curar o mal-estar causado pela bebida.
O porongo e a bomba do chimarrão eram retirados de floresta de taquaras, às margens do rio Paraguay. Por causa da tradição, os paraguaios tomam a bebida fria e em qualquer tipo de cuia. É o chamado tererê, que pode ser ingerido com gelo e limão ou com suco de laranja e limonada no lugar da água.
No Brasil, a erva é socada; na Argentina e no Uruguai, triturada. Nos países do Prata, ela é mais forte e amarga, sendo recomendada para quem sofre de problemas no fígado.
Acostumados a grandes 'borracheras' - porres memoráveis que muitas vezes duravam a noite toda - os desbravadores, nômades por natureza, sofriam com a ressaca. Aos poucos, foram tomando o estranho chá de ervas utilizado pelos índios Guarany e notavam que no dia seguinte ficavam melhores. Realmente, o mate amargo é um bom ativante do fígado, auxiliando a curar o mal-estar causado pela bebida.
O porongo e a bomba do chimarrão eram retirados de floresta de taquaras, às margens do rio Paraguay. Por causa da tradição, os paraguaios tomam a bebida fria e em qualquer tipo de cuia. É o chamado tererê, que pode ser ingerido com gelo e limão ou com suco de laranja e limonada no lugar da água.
No Brasil, a erva é socada; na Argentina e no Uruguai, triturada. Nos países do Prata, ela é mais forte e amarga, sendo recomendada para quem sofre de problemas no fígado.
Uma roda de chimarrão é um momento de descontração, fazendo
parte de um ritual indispensável para unir gerações. O mate pode ser tomado de
três maneiras: solito (isoladamente), parceria (uma companheira ou companheiro)
e em roda (em grupo).
O mate solito faz parte da cultura do homem que não precisa de estímulo maior para matear do que sua própria vontade. Pode-se dizer que é o verdadeiro mateador, ao contrário do mate de parceria, em que a pessoa espera por um ou dois companheiros. É na roda de mate, porém, que esta tradição conquistou seu apogeu, agrupando pessoas em torno de uma mesma ação: chimarraer.
Aos navegantes de primeira viagem, um aviso: nunca peça um mate, por mais vontade que tenha. Poderá sugeri-lo de forma sutil, esperando que lhe ofereçam. Há um respeito mítico nas rodas de mate.
O mate solito faz parte da cultura do homem que não precisa de estímulo maior para matear do que sua própria vontade. Pode-se dizer que é o verdadeiro mateador, ao contrário do mate de parceria, em que a pessoa espera por um ou dois companheiros. É na roda de mate, porém, que esta tradição conquistou seu apogeu, agrupando pessoas em torno de uma mesma ação: chimarraer.
Aos navegantes de primeira viagem, um aviso: nunca peça um mate, por mais vontade que tenha. Poderá sugeri-lo de forma sutil, esperando que lhe ofereçam. Há um respeito mítico nas rodas de mate.
Ao adquirir uma cuia nova é preciso curtí-la por, no mínimo,
três dias, ato que é conhecido como curar uma cuia. Deve-se enche-la de
erva-mate pura ou misturada com cinza vegetal e água quente, mantendo o pirão
sempre úmido, impregnando, assim, o gosto da erva em suas paredes. A cinza é
utilizada para dar maior resistência ao porongo.
Passando o tempo, retira-se a erva-mate da cuia com uma colher para eliminar os restos de erva. Basta enxaguá-la com água quente e estará pronta para ser usada. O mate se cura cevando, ou seja, quanto mais vezes é tomado, melhores serão os mates.
Passando o tempo, retira-se a erva-mate da cuia com uma colher para eliminar os restos de erva. Basta enxaguá-la com água quente e estará pronta para ser usada. O mate se cura cevando, ou seja, quanto mais vezes é tomado, melhores serão os mates.
A mão direita - A entrega da cuia e o recebimento do mate deve
ser feito com a mão direita.
Enchendo o mate - Pega-se a cuia com a mão esquerda e o
recipiente com a direita. Após, acomoda-se o recipiente e se troca a cuia de mão
para matear ou oferecer o mate. seguindo-se, sempre, pelo lado direito, o lado
de laçar. O sentido da volta na roda de mate deverá partir pela direita do
cevador ou enchedor de mate.
A água para preparar o mate - A temperatura nunca deve estar
muito quente, pois pode queimar a erva, dando um gosto desagradável ao mate e
lavando-o rapidamente, o recomendado é entre 80º e 85º graus.
O pialador de mate - É o indivíduo que, chegando numa roda de
mate, posiciona-se à frente da pessoa que está mateando e à esquerda na mão da
roda. O correto é ficar antes do mateador, sempre a sua direita.
A água do mate - A água nunca deverá ser fervida, pela perda de
oxigênio, transmitindo um sabor diferente ao mateador. O ideal é quando a água
apenas chia próximo de 85º.
Cevar com cachaça - Quando as pessoas fecham um mate (ato de
prepará-lo), costumam, em lugar de água para inchar a erva, colocar cachaça,
pois ela fixa por mais tempo a fortidão da erva-mate, sem deixar o gosto do
álcool. Uma vez inchada a erva, cospe-se fora a infusão até roncar bem a cuia,
esgotando-se completamente o líquido.
Só o cevador pode mexer no mate - A menos que se obtenha
licença, só o cevador deve arrumar o mate, considerando-se falta de respeito
mexer sem permissão. Podemos, isto sim, ao devolver a cuia, avisá-lo do
problema.
Em roda de mate - É comum, após o primeiro mate, que sempre é
do iniciar a roda pelo mais velho ou por alguém a quem se queira homenagear.
O primeiro mate - Todo aquele que fecha um mate deve tomá-lo
primeiro em presença do parceiro ou na roda de mate. Este fato se tornou
tradicional devido a épocas em que o mate serviu de veículo para envenenamentos.
Por isso, o ato do mateador tomar o primeiro indica que o mate está em condições
de ser tomado. Há a lenda jesuíta, que atribuía valores afrodisíacos ao mate.
Para evitar que os índios passassem a maior parte do dia mateando, tentando
afastá-los do hábito, criaram o mito entre os silvícolas cristianizados que
Anhangá Pitã (diabo) estava dentro do mate.
Roncar a cuia - Uma vez servido o mate, deve ser tomado todo,
até esgotá-lo, fazendo roncar a cuia.
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