domingo, 27 de janeiro de 2013

TRÁGICA NOTICIA


Amigos que barbaridade o que aconteceu na cidade de Santa Maria, uma tristeza enorme ,estão solicitando VOLUNTARIOS ,se puderem  ajudem ,vamos fazer nossa parte,num momento tão doloroso para todos nós. Conto com vcs. 
 
 
 
V O L U N T Á R I O S  - ATENÇÃO
Amigos, compartilhem essas informações, por favor:  
Santa Maria avisa que precisam de: enfermeiros, auxiliares, psicólogos, psiquiatras. 
Bia, no telefone (55) 9155-2087. 
Telefone do Movimento de CTGs do RS – Santa Maria
Para logística e abrigo aos parentes das vítimas 
CGT (55) 9979-2539.



terça-feira, 22 de janeiro de 2013

CONVITE DOMINGO NO CAMPO

                                                      Domingo no Campo

Todos os domingos acontece um passeio que percorre três atrativos diferentes dos Caminhos Rurais de Porto Allegre.         
      As saídas do Brique da Redenção ocorrem sempre às 10 h, com retorno às 17 h. (próximo ao mercado Bom Fim).

O Pacote inclui: transporte, serviço de guia de turismo, visita aos atrativos e ingresso às propriedades.        
      Custo por pessoa é R$ 55,00. O almoço é opcional, ao custo de R$ 17,00.         
      O ingresso do passeio poderá ser adquirido no local do embarque. 

 
O roteiro turístico integra os bairros Belém Novo, Belém Velho, Lami, Vila Nova, Restinga, Cascata, Ipanema, Lageado, Hípica, Lomba do Pinheiro e Campo Novo. Juntos eles ocupam 30% do território de 476 quilômetros quadrados de Porto Alegre - segunda capital brasileira com a maior área rural.
Por vias pavimentadas ou estradas de chão em boas condições, os acessos conduzem a atrações diversificadas em 41 atrativos.
Vamos prestigiar, belo passeio em lugares que a natureza foi extremamente generosa.
Feito o convite.
 
                                                        MAPA CAMINHOS RURAIS
Mapa Caminhos Rurais


TURISMO RURAL EM PORTO ALEGRE

                                       Roteiro Caminhos Rurais em Porto Alegre.



O roteiro Caminhos Rurais de Porto Alegre lembra a serra gaúcha, mas as propriedades rurais ficam na Zona Sul de Porto Alegre. Paisagens do campo em plena Capital. Durante o trajeto, a menos de 30 minutos do centro de Porto Alegre, aos poucos o asfalto é substituído pelas estradas de terra. Ao redor surgem campos ocupados por cavalos e vacas. Nas casas à beira da estrada aparecem anúncios de vinho colonial e mel puro.Entre os locais incluídos, sítios com plantação de uvas, que produzem vinhos artesanais; pesqueiros para prática da pesca esportiva; pousadas em que os quartos são baias adaptadas, trilhas ecológicas para passeios a cavalo; sítios manejados de forma ecologicamente correta, comida caseira, carnes exóticas e verduras cultivadas pelos proprietários. Pomares de ameixas, pêssegos e parreirais produzem 1,6 mil toneladas de frutas por safra. O mel e a floricultura são famosos, assim como as curiosas criações de ovelhas, búfalos e cavalos. Para visitar a zona rural de Porto Alegre é necessário ligar para os proprietários e marcar hora. À exceção dos restaurantes, os integrantes do roteiro não possuem estrutura para funcionamento em tempo integral, uma vez que o turismo não é a principal atividade.
Três paisagens são marcantes na geografia de Porto Alegre: a da planície – onde se concentra a efervescência urbana, cultural de comércio, serviços e eventos, a do Lago Guaíba – com sua arejada orla fluvial de 72 km, e a formada por uma cadeia de 40 morros, que faz um recorte ondulado no horizonte em direção ao Sul.
Do topo desses morros pode-se descansar os olhos nas águas calmas do lago e ter as mais belas vistas panorâmicas da cidade. É em meio a essa paisagem da zona Sul e seu clima de montanha, que estão os Caminhos Rurais de Porto Alegre – um rico patrimônio ambiental e cultural do município.
Com 41 atrativos, os Caminhos Rurais ampliam as opções de lazer na Zona Sul em bairros onde a história está nos costumes, na arquitetura, nas ruas, nas figueiras seculares das praças, nas festas populares que comemoram as colheitas, nos produtos coloniais, no artesanato, nas cantinas e restaurantes. Esta região das estâncias do século XIX é hoje ocupada por pequenas propriedades de expressiva agricultura familiar e de frutas por safra. O mel e a floricultura são famosos, assim como a pesca e as curiosas criações de ovelhas, búfalos e cavalos.
Os Caminhos Rurais são uma ótima experiência de resgate das origens e de uma vivência de turismo sustentável. Tudo a poucos minutos do coração da cidade.
Alguns exemplos do que vamos encontar neste Turismo Rural ou Passeio.
 
                                                                           La Pipa Nostra
                                                           Av. Belém Velho, 2685Vila Nova
                                                                   Telefone: (51) 3246-0659

 
La Pipa Nostra
 
VIinicola   Bordignon
   Estrada das Capoeiras, 1569 - Belém Velho
Telefone: (51) 3315-0094
Vinícola Bordignon
 
Pousada Haras Cambará
Turismo Rural Sustentável e Eventos-Estrada da Extrema,nº 500 Lami
Telefone: 051 3258-1086
Celular: 051 9955-6065
Cambará Lazer e Eventos

segunda-feira, 21 de janeiro de 2013

CRIOULOS A BEIRA MAR

CONVITE:

Recebi este convite para participar do remate e estou convidando os amigos,local previlegiado e recepção das melhores. Animais de ponta com filiação de pais consagrados ou com registro de Mérito da ABCCC. Estaremos la.



sexta-feira, 18 de janeiro de 2013

ESTÁTUA DO LAÇADOR

                                                                     O Laçador

                                                                                                                  

O Laçador, de 1954, é um dos primeiros monumentos de Porto Alegre em homenagem à figura do gaúcho. Para escolher a peça houve um concurso estadual com premiação de 2 mil cruzeiros, vencido pelo escultor pelotense Antonio Caringi. A estátua de bronze com 4,45m de altura e pesando 3,8 toneladas simboliza um laçador e teve como modelo o folclorista Paixão Côrtes. Inaugurada em 1958, a obra permaneceu dando boas-vindas aos visitantes até o dia 11 de março de 2007, quando foi transferida para o novo local. Em 1991, uma votação popular escolheu o Laçador como símbolo da cidade. Em 2001 a estátua foi tombada pelo Conselho Municipal do Patrimônio Histórico e Cultural.
O Laçador, monumento que homenageia o povo gaúcho, ganhou um novo espaço na zona norte de Porto Alegre. Foi inaugurado na manhã do dia 31 de março de 2007.
Está localizado na entrada da cidade, na Avenida dos Estados, a poucos metros do antigo local.

A ORIGEM DO RIO GRANDE DO SUL

                               A


O Rio Grande do Sul é, certamente, o Estado brasileiro cuja história apresenta maior número de episódios de lutas e guerras. E essa característica esteve presente desde os primórdios de sua ocupação. Para entender o porque desse aspecto, é preciso recuar bastante no tempo, até o final do século XVII.

Por que é então que começam a surgir os “esboços” do que será o nosso Estado. Até então, essa região era uma espécie de terra de ninguém, uma área de dono indefinido, que ficava entre as possessões portuguesas e espanholas. Ambas as Coroas adotavam uma política expansionista, e estavam interessadas em ocupar o máximo possível de território. Portanto, mais cedo ou mais tarde, terminaria havendo um confronto na área do Rio Grande do Sul, na medida em que, se uma das potências decidisse fundar um núcleo de colonização, a outra imediatamente reagiria.

E foi o que aconteceu. Dom Pedro II de Portugal, que foi regente de 1668 a 1683 e rei de 1683 a 1706, decidiu que o Império Português deveria ocupar a margem esquerda do rio da Prata. E doou, em 1674, duas capitanias “nas terras que estão sem donatários” ao longo da costa e até a “boca do Rio da Prata”. Essa doação foi confirmada dois anos depois por uma Bula Papal, que considerava que o Bispado do Rio de Janeiro tinha como limite no sul o rio da Prata.

O passo seguinte na consolidação da presença lusa no sul do continente foi a fundação da Colônia de Sacramento. Essa colônia tinha o objetivo de afirmar, definitivamente, a presença portuguesa na área, e servir como um ponto de apoio militar.

A colônia foi fundada em primeiro de janeiro de 1680, nas margens do Rio da Prata. Era uma espécie de ponta de lança
da presença portuguesa — estava muito afastada de qualquer outro ponto de colonização lusa no Brasil. Por isso, foi facilmente capturada pelos espanhóis em agosto do mesmo ano.


A partir de então, portugueses e espanhóis se revezaram constantemente na posse da Colônia de Sacramento. Os tratados, que determinam sua posse, se sucedem. E, enquanto isso, os portugueses começam a estabelecer um novo ponto de apoio na ocupação do território do sul: Laguna, no atual Estado de Santa Catarina, que foi fundada em 1684 para servir como apoio para Sacramento. E é a partir de Laguna que vai se iniciar realmente a ocupação do território gaúcho.

Embora a fundação de Laguna em 1684 seja o marco do início da ocupação sistemática das terras do sul do continente, isso não significa que, antes mesmo disso, elas não atraíssem os portugueses por razões não só políticas (a ocupação da maior faixa possível de território por Portugal), mas também econômicas. Afinal, o continente do Rio Grande era rico em gado, uma herança que os jesuítas das Missões haviam deixado: ao serem desfeitas as comunidades missioneiras, o gado vacum ficou solto no território gaúcho, e se multiplicou, formando vastos rebanhos.

E era em busca desses grandes rebanhos — e também de índios para escravizar — que vinham grupos de exploradores das áreas mais povoadas localizadas mais ao Norte, como São Vicente (São Paulo). Esses grupos levavam consigo as informações sobre a abundância de gado no chamado Continente de São Pedro. E essas informações terminaram por fazer com que o então governador geral, Rodrigo de César Meneses, escrevesse para o rei português, afirmando que era preciso “mandar povoar toda aquela fronteira, de cuja capacidade pela abundância e a fartura se pode fazer uma das maiores povoações da América”.


A abundância e a fartura podiam ser grandes, e a ambição portuguesa era, sem dúvida, ainda maior. Mas a ocupação de tão vasta área de território esbarrava em uma limitação: a falta de população, de pessoal para enviar para a nova área. O povoado mais extremo então existente, além da Colônia de Sacramento, era Laguna — que contava com a exígua população de 32 casais.

Por isso, a ocupação do Rio Grande começa não com o envio de colonos, mas com expedições de exploração, captura de gado e descoberta de rotas. A primeira delas, em 1725, foi liderada por João Magalhães. Dois anos depois,o grupo liderado por Francisco de Sousa e Faria estabeleceu o primeiro caminho que liga a Colônia de Sacramento à Vila de Curitiba.

LENDAS E MITOS




Boitatá
Em tempos mui antigos, que as gentes mal se lembram, houve um grande dilúvio, que afogou até os cerros mais altos. Pouca gente e poucos bichos escaparam - quase tudo morreu. Mas a cobra-grande, chamada pelos índios de Guaçu-boi, escapou. Tinha se enroscado no galho mais alto da mais alta árvore e lá ficou até que a enchente deu de si as águas empeçaram a baixar e tudo foi serenando, serenando... Vendo aquele mundaréu de gente e de bichos mortos, a Guaçu-boi, louca de fome, achou o que comer. Mas - coisa estranha! - só comia os olhos dos mortos. Diz-que os viventes, gente ou bicho, quando morrem guardam os olhos a última luz que viram. E foi essa luz que a Guaçu-boi foi comendo, foi comendo... E aí, com tanta luz dentro, ela foi ficando brilhosa, mas não de um fogo bom, quente e sem de uma luz fria, meio azulada. E tantos olhos comeu e tanta luz guardou, que um dia a Guaçu-boi arrebentou e morreu, espalhando esse clarão gelado por todos os rincões. Os índios, quando viam auilo, assustavam-se, não mais reconhecendo a Guaçu-boi. Diziam, cheios de medo: "Mboi-tatá! Mboi-tatá!", que lá na língua deles quer dizer: Cobra de fogo! Cobra de fogo! E até hoje o Boitatá anda errante pelas noites do Rio Grande do Sul. Ronda os cemitérios e os banhados, e de onde sai para perseguir os campeiros. Os mais medrosos disparam, mas para os valentes é fácil: basta desaprilhar o laço e atirar a armada em cima do Boitatá. Atraído pela argola do laço, ele se enrosca todo, se quebra e se some.

AS LENDAS E MITOS DO RIO GRANDE DO SUL

                                 LENDAS E MITOS
:

                                                    O Negrinho do Pastoreio
No tempo dos escravos, havia um estancieiro, muito ruim, que levava tudo por diante, a grito e a relho. Naqueles fins de mundo, fazia o que bem entendia, sem dar satisfação a ninguém. Entre os escravos da estância havia um negrinho, encarregado do pastoreio de alguns animais, coisa muito comum nos tempos em que os campos das estâncias não conheciam a cerca de arame: quando muito alguma cerca de pedra erguida pelos próprios escravos, que não podiam ficar parados, para não pensar em bobagem... No mais, os limites dos campos eram aqueles colocados por Deus Nosso Senhor: rios, cerros, lagoas. Pois de uma feita o pobre negrinho, que já vivia sofrendo as maiores judiarias às mãos do patrão, perdeu um animal na pastoreio. Prá quê! Apanhou uma barbaridade atado a um palanque e depois, cai-caindo, ainda foi mandado procurar o animal extraviado. Como a noite vinha chegando, ele agarrou um toquinho de vela e uns avios de fogo, com fumo e tudo saiu campeando. Mas nada! O toquinho acabou, o dia veio chegando e ele teve que voltar para a estância. Então foi outra vez atado no palanque e desta vez apanhou tanto que morreu, ou pareceu morrer. Vai daí, o patrão mandou abrir a "panela" de um formigueiro e atirar lá dentro, de qualquer jeito, o pequeno corpo do negrinho, todo lanhado de laçaço e banhado em sangue. No outro dia, o patrão foi com a peonada e os escravos ver o formigueiro. Qual é a sua surpresa ao ver o negrinho do pastoreio vivo e contente, ao lado do animal perdido. Desde aí o Negrinho do Pastoreio ficou sendo o achador das coisas extraviadas. E não cobra muito: basta acender um toquinho de vela ou atirar num canto qualquer um naco de fumo.
 
                   
 

quarta-feira, 16 de janeiro de 2013

REUNIÃO DE FAMILIA

Vindo do Uruguai e passando pelo TAIM, fotografei esta reunião de familia de PICA PAUS  dicutindo como atacar este cupinzeiro, o do topo é o capataz,fica na espreita, enquanto os outros sobre seu dominio atacam, e reservam alguns cupins para ele. Natureza sabia 
 
 
 
 

                               Juarez A. Martinez

sexta-feira, 4 de janeiro de 2013

CAVALO CRIOULO

              Cavalo Crioulo - O Símbolo do Rio Grande do Sul


Cavalo_Crioulo
Rústico, resistente e versátil. O cavalo Crioulo reúne estas características tão cobiçadas pelos criadores depois de mais de 400 anos de seleção natural em pastagens escassas, temperaturas extremas, caminhos trágicos de feridas e sede.Inspira sentimentos traduzidos em canções, poesias, pinturas e esculturas.
O símbolo do Rio Grande é sinônimo de companheirismo e devoção, alimentados por séculos de interdependência.
Sempre fiel, foi o guerreiro dos índios, garantiu a sobrevivência, auxiliando na busca do alimento e servindo como arma tamanha força e valentia em guerras e batalhas travadas pela História. E foi esta coragem e habilidade que concretizou o sonho de liberdade, independência e mantém registrada a imagem do herói Sepé Tiaraju empunhando uma lança, montado em seu cavalo Crioulo.
Hoje, mesmo com o avanço tecnológico, o cavalo ainda não pode ser substituído por máquinas nas lidas de campo. Talvez, porque no pensamento mais profundo, o homem não queira perder este, muitas vezes, membro da família, outras tantas, amigo - como se pode sintetizar esta relação de afeto entre o gaúcho e seu cavalo
Habilidade à prova

A peculiar funcionalidade da raça motivou a realização de provas que demonstrassem esta habilidade. Em 1977, foi realizada então a 1ª Exposição Funcional de Jaguarão, através da qual os criadores perceberam a importâncias destas provas para a evolução da raça. O sucesso foi crescente e, em 1980, atraiu inclusive o presidente da República, general João Batista Figueiredo.
Mas foi em 1982, quando a ABCCC completava 50 anos, que o presidente da entidade, Gilberto Azambuja Centeno, oficializou o Freio de Ouro como a prova campeira realizada durante a Expointer. Jaguarão passou a ser uma etapa classificatória, assim como Bagé, Pelotas e Uruguaiana. Hoje já foram inúmeras as alterações que o Freio de Ouro sofreu, começando pelo nome que levou o batismo de “Flavio e Roberto Bastos Tellechea”, irmãos e incentivadores da raça crioula. As quatro etapas classificatórias tornaram-se 30 fases credenciadoras, seis classificatórias no Rio Grande do Sul, uma em São Paulo, Paraná ou Santa Catarina, além da internacional no Uruguai e Argentina A grande final acontece sempre em Esteio, na Expointer. A partir de 1994, foram criadas categorias de machos e fêmeas.
Outras modalidades também foram desenvolvidas no decorrer dos anos. O tiro-de-laço, a paleteada, os enduros, as rédeas e as cavalgadas reúnem milhares de pessoas, movimentam a economia do Estado e difundem a raça por todo o mundo. Hoje o cavalo Crioulo abriu as porteiras e entrou nas cidades.
A paixão pela docilidade incentivou a abertura de hotelarias, permitindo que os moradores de grandes centros urbanos mantenham seus animais cuidados e para cavalgarem nos finais de semana.
A criação por lazer, muitas vezes, dá vazão ao esporte eqüestre e à participação em provas profissionais.
A capacidade de congregar pessoas e de preservar as tradições gaúchas são dois importantes atrativo do universo do Crioulo.
Em agosto de 2002, esta relação de amor foi homenageada pela Assembléia Legislativa do RS. Esta foi a data de aprovação do projeto nº 59/2001, de autoria do presidente da Comissão de Agricultura, Pecuária e Cooperativismo, deputado Frederico Antunes, que institui o crioulo como animal símbolo do Rio Grande do Sul.

CONTOS

                                                      A Lenda do Quero-quero

Ave_Quero_quero


A Santa Família, na sua fuga do Egito, preferia viajar à noite, para não ser vista pelos soldados do rei Herodes, que andavam à sua procura, para matar menino Jesus.

De dia, sempre que podiam, os fugitivos entravam em alguma gruta da montanha e lá dentro, livres do calor demasiado do sol, descansavam para que, ao anoitecer, recomeçassem sua penosa jornada.
O burrico só faltava falar. Parecia entender o perigo que a Sagrada Família estava correndo. Não empacava, não ornejava, não fazia o menor ruído ao mudar os passos. É que ele sabia, que sua grande missão era conduzir sua divina carga ao salvamento.

Por outro lado, as aves, mesmo as mais afoitas ao canto, mantinham-se em silêncio, ocultas sob o dossel das ramagens. Suas vozes eram tão discretas, não passavam que cochichos e isso mesmo bem abafados, pelo caridoso desejo de não denunciar a presença dos fugitivos. Até os sapos eram como pedras entre as pedras do caminho, as rãs então, eram como folhas verdes entre as folhas verdes que boiavam nas águas mortas. Não era ouvido o seu coaxo característico.

O quero-quero, entretanto, alheio à todos esses acontecimentos, mais parecia um bicho-carpinteiro e não cessava de gritar à altos brados com a sua voz aguda:

- Quero! Quero!......

Mas aquela não era uma boa hora para "tanto querer" e Nossa Senhora e São José, repararam em seu comportamento inoportuno. Ficava parecendo que o peralta da campanha, tão barulhento, fazia o possível para que os soldados, alertados, fossem especular o que estava passando àquela altura na noite naqueles escuros e desertos caminhos...

Para castigo de ser tão inconveniente, o quero-quero acabou ficando cantando daquela maneira para sempre, alertando sem descanso o lugar onde é encontrado.

Dia 05 (cinco) de outubro é comemorado o "Dia da Ave", esses pequenos anjos que são símbolos dos estados superiores do ser e do pensamento.

Para algumas culturas milenares, os pássaros já foram considerados fadas, intermediários entre o mundo humano e divino, espíritos guerreiros reencarnados e algumas vezes, podiam adquirir aspectos de uma Deusa, como da escandinava Freya ou Rainha da ilha de Avalon Morgana, que também se metamorfoseava-se
em ave.

No Rio Grande
do Sul há um sentinela, um verdadeiro "cão-guardião" do nosso território, que está sempre atento, marchando pelos pampas e que pode prever com antecedência a presença de qualquer intruso: o QUERO-QUERO.

De tanto querer, o quero-quero acabou sendo consagrado como a Ave-Símbolo do Estado gaúcho pela Lei 7418 de 01/12/1980. Mas o pássaro, ainda não satisfeito, continua querendo e, segundo a voz do povo, "querer é poder", hoje é a mais cotada para tornar-se Símbolo Nacional.

A lição que fica da Lenda do Quero-Quero é que deve-se ter muito cuidado com o "querer" demais, pois para o olhar da cobiça, tudo pode ser possuído. A cobiça é uma das forças mais poderosas no mundo ocidental atual. É triste ver que as pessoas muito cobiçosas nunca possam desfrutar do que têm, pois sempre almejam possuir mais. O motor e o plano da cobiça são sempre os mesmos. A alegria é a posse, mas a posse é sempre descontente, tem uma insaciável avidez interior. A cobiça é pungente, porque está sempre obcecada e esvaziada pela possibilidade futura. Entretanto, o aspecto mais sinistro da cobiça é a capacidade de sedar e extinguir o desejo. Ela destrói a inocência natural do desejo, arrasa-lhe os horizontes e substitui-os por uma possessividade compulsiva e atrofiada. É essa cobiça que está atualmente envenenando os homens e a terra, pois o "ter" tornou-se inimigo do "ser". A corrupção em que se encontra envolvida a política nacional é um exemplo claro do que lhes digo.

As riquezas são com razão odiadas por um homem guerreiro, pois um cofre cheio impede a verdadeira glória.

DITADOS DO SUL

   Em conversas de Galpão logo surge estes  ditados:                         

Ditado_Gaucho
Abichornado...
- como urubu em tronqueira.
- viúvo que se deu bem em casamento.

Mais afiada...
- que língua de sogra.
- que navalha de barbeiro caprichoso.

Alegre...
- como lambari de sanga.
- que nem paisano a meia-guampa.

Amarga...
- como erva caúna.

Mais amontoado...
- que uva em cacho.

Mais ansioso...
- que anão em comício.

Mais apertado...
- que queijo em cincha.
- que bombacha de fresco.
- que rato em guampa.

Mais apressado...
- que cavalo de carteiro.

Mais arisco...
- do que china que não quer dar.

Assanhado...
- como solteirona em festa de casamento.
- como lambari de sanga.
- como ganso novo em taipa de açude.

Mais assustado...
- que cachorro em canoa
- que cavalo passarinheiro.
- guri em cemitério

Mais atirado...
- que alpargata em cancha de bocha.
- capataz de estância grande

Mais atoa...
- que guri no mato.

Atrapalhado...
- que nem cego em tiroteio.
- que nem sapo em cancha de bocha.
- feito discurso de turco

Mais atrasado...
- que risada de surdo.

Babava...
- como boi com aftosa.

Tão baixinho...
- que quando peida levanta poeira do chão.

Baixo como...
- vôo de marreca choca.
- tamborete de china.
- umbigo de cobra.
- barriga de sapo.

De boca aberta...
- que nem burro que comeu urtiga.

Bom...
- como namoro no começo.
- como faca achada.

Bonita...
- que nem laranja de amostra.

Buliçoso...
- como mico de viúva.
- como gato de moça velha. Cara amarrada...
- como pacote de despacho.

Chato...
- como chinelo de gordo.
- como colchão de gordo
- que nem gilete caída em chão de banheiro.

Cheio...
- como corvo em carniça de vaca atolada.
- como penico em dia de baile.
- como barril de chopp em festa de crente.
- como bolsa de china.
- como mala de contrabandista.

Cheirando bem...
- como cogote de noiva.

Cobiçada...
- como anca de viúva nova e bonita.

Mais Colorida...
- do que bombacha de turco.

Mais comprido...
- que putiada de gago.
- que trova de gago.
- que esperança de pobre.
- que suspiro em velório.
- que cuspe de bêbado.

Mais conhecido...
- do que parteira de campanha.
- que feijão em cardápio de quartel

Mais constrangido...
- que padre em puteiro.

Contrariado...
- como gato a cabresto.

Coxuda...
- como leitoa no engorde.

Mais curto...
- que coice de porco.
- que estribo de anão.

Desconfiado...
- como cego que tem amante.

Devagarzito...
- como enterro de viúva rica.

Mais difícil...
- que nadar de poncho e dormir de espora sem rasgar lençol.

Dinheiro na mão de pobre é...
- como cuspe em ferro quente.

Dorme...
- atirado que nem lagarto.

Mais duro...
- que salame da colônia.

Engraxado
- que nem telefone de açougueiro.

Empacado...
- como burro de mascate.

Mais encolhido...
- que tripa grossa na brasa.

Enfeitado...
- como bidê de china.
- como bombacha de turco.
- como mula de mascate.
- como carroça de cigano.
- como quarto de china.
- como santo milagroso.
- como guaiaca de gringo.

Mais enrolada...
- que lingüiça de venda.
- que namoro de cobra.

Mais entravado...
- que carteira de sovina.

Esburacado...
- como poncho de calavêra.

Escasso...
- como pêlo em recavém de touro .
- como passarinho em zona de gringo.

Esfarrapado...
- que nem poncho de gaudério.

Esparramados...
- como dedos de pés que nunca entraram em botas.
- que pé de gringo.

Extraviado...
- que nem chinelo de bêbado.

Faceiro...
- que nem ganso novo em taipa de açude.
- como pica-pau em tronqueira.
- como mosca em tampa de xarope.
- como guri de tirador novo.
- como passarinho velho em gaiola nova.
- como lambari em poça d’água.

Mais fechado...
- que baú de solteirona.

Mais fedorento...
- que arroto de corvo.

Feia...
- como mulher de cego.

Mais feio...
- que indigestão de torresmo.
- que rodada de cusco em lançante.
- que briga de foice no escuro.
- que paraguaio baleado.
- briga de touro.
- facada na bunda
- tombo de mão no bolso.
- que sapato de padre.

Feliz...
- como pinto no lixo.
- como puta em dia de pagamento de quartel
- como milico em dia de soldo

Mais Fino
- do que assobio de papudo.

Firme...
- que nem palanque em banhado.
- que nem prego em taquara.
- como beliscão de ganso.

Folgada...
- como luva de maquinista, que qualquer um mete a mão.
- como peido em bombacha.
- como cama de viúva.

Mais por fora...
- que surdo em bingo.
- que cabelo de côco.
- que cotovelo de caminhoneiro.

Mais forte...
- do que peido de burro atolado.
- que porteiro de cabaré.

Frio...
- de empedrar água do poço.

Ganiçando...
- como cusco que levou água fervendo pelo lombo .

Mais gasto...
- que fundilho de tropeiro.

Gordo e lustroso...
- como gato de bolicheiro.
- como cusco de cozinheira.

Mais Gordo...
- que noivo de cozinheira.

Mais gostoso...
- que beijo de prima.

Mais grosso...
- que nem toco de açougue.
- que dedo destroncado.
- que parafuso de patrola.
- que papel de enrolar prego.
- que mandioca de dois anos.
- que rolha de poço.
- que porta de cofre.

Mais grudado...
- que bosta em tamanco de leiteiro.

Mais informado...
- que gerente de funerária.

Alma inquieta ...
- como galho de sarandi tocado pelo vento.

Mais intrometido...
- que piolho na costura.

Judiado...
- como filhote de passarinho em mão de piá.

De alma leve...
- como um passarinho.

Mais ligeiro...
- que enterro de bexiguento.

Liso
- como sovaco de santo.

Louco...
- como galinha agarrada pelo rabo.

Mais magro...
- que guri com solitária.

Maldoso...
- como petiço de guri.
- que rato de igreja.
- que sorro de grota.

Mais medroso...
- que velha em canoa.
- que cascudo atravessando galinheiro.

Mais metido...
- que merda em chinelo de dedo.
- que dedo em nariz de piá.

Nervoso...
- como potro com mosca no ouvido.
- como gato em dia de faxina.

Mais nojento...
- que mocotó de ontem.

Pacensioso
- como gato de bolicheiro.

Parado
- que nem água de poço .

Mais perdido...
- que peido em bombacha.
- que cusco em procissão.
- que cego em tiroteio.

Perfumado...
- como mão de barbeiro.

Pior...
- que jacaré sem lagoa.
- que cusco que caiu do caminhão da mudança.

Quente...
- como frigideira sem cabo.

Rebola mais...
- que minhoca nas cinzas.

Sabido...
- como sorro velho.

Seca...
- como tiro de 12 cano-serrado.

Sério...
- que nem defunto.
- feito delegado em porta de baile.
- que nem guri cagado.
- como guri que examina galinha para ver se tem ovo.

Sincero...
- como vaca pro touro.

Sofrendo...
- como joelho de freira na Semana Santa.

Sólita...
- como galinha em gaiola de engorde.

Mais sujo que...
- pau de galinheiro.

Sutil...
- como gato que vai pegar passarinho.

Tradicional...
- como embalagem de Maisena.
- como fórmula de Minâncora.

Tranqüilo...
- que nem cozinheiro de hospício.
- como água de poço.
- como capincho em taipa de açude.

Mais vagaroso...
- que tropeiro de lesma.

Mais virado...
- que bolacha em boca de velha.

Mais à vontade...
- que bugio em mato de boa fruta.

Vivo...
- como cavalo de contrabandista.

Mais velho...
- que andar de pé.

Mais apagado...
- que fogão de tapera

Branco...
- como aipim descascado

Mais caro...
- que argentina nova na zona

Cara amarrada...
- como pacote de despacho

Chorão...
- como terneiro novo

Doído...
- como guasqueaço em testa de negro, em comércio de carreira

Se espalhou...
-como pó de mangueira em pé de vento

Falso...
- feito cobra engambelando sapo

Firme...
- que nem palanque em banhado
- que nem prego em taquara
- feito prego em polenta
- como beliscão de ganso

Leve...
- leve pisada de gato

Mais medroso ...
- que velha em canoa
- que cascudo atravessando galinheiro

Vermelho...
- feito pitanga madura

DICIONÁRIO GAUDÉRIO

                      

Dictionary

A

Abichornado: adj. Aborrecido, triste, desanimado.
Abrir cancha: Abrir espaço para alguém passar.
A cabresto: Conduzido pelo cabresto, submetido.
Achego: Amparo, encosto, proteção.
Açoiteira: Parte do relho ou rebenque, constituída de tira ou tiras de couro, trançadas ou justapostas, com a qual se castiga o animal de montaria ou de tração.
Acolherar: Unir dois animais por meio de uma pequena guasca amarrada ao pescoço. Unir, juntar, com relação a pessoas.
Afeitar: Cortar a barba.
Agregado: Pessoa pobre que se estabelece em terras alheias, com autorização do respectivo dono, sem pagar arrendamento, mas com determinadas obrigações, como cuidar dos rebanhos, ajudar nas lidas de campo e executar outros trabalhos.
Água-Benta: Cachaça, destinada a ser bebida ocultamente.
Água-de-cheiro: Perfume, extrato.
Ajojo: Tira de couro fina que une dos bois pelas guampas.
A laço e espora: Com muita dificuldade, com muito esforço, vencendo grandes obstáculos.
A la cria: Ao Deus-dará, à aventura. Foi-se a la cria, significa foi-se embora, foi-se ao Deus-dará, caiu no mundo.
Aramado: Cerca feita de arame para manter o gado nas invernadas ou potreiros.
A la pucha: Exprime admiração, espanto.
À meia guampa: Meio embriagado, levemente ébrio.
Anca: Quarto traseiro dos quadrúpedes. Garupa do cavalo. O traseiro do vacum.
Anta: Pessoa interesseira.
Aporreado: Cavalo mal domado, indomável, que não se deixa amansar. Aplica-se, também ao homem rebelde.
Arapuca: Armadilha para pegar passarinhos. Trapaça.
Arrastar a asa: Paquerar.
Arreios: Conjunto de peças com que se arreia um cavalo para montar.
Azucrinado: Encomodado.
Abocanhar : apoderar-se indevidamente de alguma coisa
Abrir os panos: Ir-se embora; fugir; abrir nos paus, abrir-se.
Acalcanhado: Gasto, acabado, envelhecido, etc. "Coitado, está meio acalcanhado, mas, bonzão, ainda."
Amanonciado: Do v. amanonciar - cavalo amanonciado, é o que é manso, sem que entretanto tenha sido montado.
Amanonciador: pessoa destra em amansar ou amanonciar animais cavalares.
Amanonciar: deixar manso por meio de passes de mão; acariciar.
Anoque: espécie de aparelho destinado à fabricação da decoada. Consiste em um couro quadrado preso lateralmente a quatro varas mais curtas que os lados respectivos, e assentada sobre quatro forquilhas, de sorte a formar uma concavidade onde se deita o líquido. (Coruja.) Etim. É vocábulo português, e designa nos cortumes a vala ou tanque onde se maceram os couros para se pelarem ou descabelare. (Moraes. ) Em outras partes do brasil chamam a isso banguê.
Achego: Amparo, encosto, proteção.
Aguada: Lugar utilizado pelos animais para beberem água.
Apojo: O leite mais gordo extraído da vaca após a segunda apojadura. Este é mais rico em gordura e de melhor sabor.
Apotrar-se: Adquirir jeito de potro. Por extensão aplica-se às pessoas, com o significado de portar-se mal, tornar-se xucro, zangado, grosseiro.


B

Badana: Pele macia e lavrada que se coloca, na encilha do cavalo de montaria, por cima dos pelegos ou do coxonilho, se houver.
Bagual: Cavalo manso que se tornou selvagem. Reprodutor, animal não castrado.
Bah: Abreviação de barbaridade. Expressão usada para demonstrar surpresa, indignação.
Baixeiro: Espécie de lã, integrante dos arreios, que põe no lombo do cavalo, por baixo da carona.
Bebedouro. Chamam-se campos de boas aguadas os que possuem bastante água, apropriada para os animais beberem.
Bater as botas: Morrer.
Bicheira: Ferida nos animais, contendo vermes depositados pelas moscas varejeiras. Para sua cura, além de medicação, são largamente utilizadas as simpatias e benzeduras.
Bidê: Mesinha de cabeceira (aportuguesado do francês bidet).
Biriva: Nome dado aos habitantes de Cima da Serra, descendentes de bandeirantes, ou aos tropeiros paulistas, os quais geralmente andavam em mulas e tinham um sotaque especial diferente do da fronteira ou da região baixa do Estado.
Beriva, beriba, biriba.
Bóia: Comida
Bolicho: Casa de negócios de pequeno sortimento e de pouca importância. Bodega.
Bolicheiro: Dono de bolicho.
Braça-de-Sesmaria: Media antiga, de superfície, usada no Rio Grande do Sul. A braça-de-sesmaria mede 2,20 m por 6.600 m ou seja 14.520 metros quadrados.
Brocha: É feito de couro cru torcido e é usado para prender os bois aos canzis.
Bruaca: Mulher feia. Utensílio que é colocado um de cada lado na cangáia no lombo do cavalo ou na mula para transportar alimentos, prática muito utilizada na época que não havia estradas e nem veículos para fazer o transporte.
Buenacha: Boa.
Baiano: maturrango; o que monta mal e não sabe executar os diversos trabalhos das fazendas de gado. Significa também todo e qualquer indivíduo filho do Norte, excetuando-se geralmente os de Santa Catarina e S. Paulo. Soldado de infantaria, embora seja rio-grandense.
Bombacha: calça mui larga, em toda a perna, menos no tornozelo onde tem um botão, e que é muito usada pelos campeiros.
Bota: O calçado próprio para montar o cavalo (em port. Compreende também botim, botina de homem e senhora).
Bugio: Pelego curtido e pintado, em geral forrado de pano. Animal da Serra.


C

Cabresto: Peça de couro que é apresilhada ao buçal para segurar o cavalo ou o muar.
Cachaço: Porco não castrado, barrasco, varrão.
Cacho: A cola, o rabo do cavalo.
Cagaço: Grande susto, medo.
Caju: Confronto entre os times do Caxias e do Juventude (Caxias do Sul).
Cambicho: Apego, paixão, inclinação irresistível por uma mulher.
Campo de Lei: Campo de ótima qualidade.
Canga: É feito de madeira que é colocado no pescoço de dois bois carreiros para puxar carreta ou arado.
Canzil: É feito de madeira, que é colocado na canga para prender no pescoço dos bois carreiros.
Capão: Diz-se ao animal mal capado. Indivíduo fraco, covarde, vil. Pequeno mato isolado no meio do campo.
Capataz: Administrador de uma estância ou de uma charqueada. Pessoa que nas lides pastoris é incumbida de chefiar o pessoal.
Carboteiro(a): Alguém difícil, que não dá bola.
Carreira: Corrida de cavalos, em cancha reta. Quando participam da carreira mais de dois parelheiros, esta toma o nome de penca ou califórnia.
Caudilho: Chefe militar. Manda-chuva.
Cavalo de Lei: Animal muito veloz, capaz de percorrer duas quadras (264m) em 16 segundos ou menos.
Chalana: Embarcação ou Lancha grande e chata.
Chambão: Otário.
Charla: Conversa.
Chiru: Índio, velho caboclo.
Chasque: Recado, mensagem.
Chimango: Alcunha dada no Rio Grande do Sul aos partidários do governo na Revolução de 1929.
China: Descendente ou mulher de índio, ou pessoa de sexo feminino que apresenta alguns dos traços característicos étnicos das mulheres indígenas. Cabloca, mulher morena. Mulher de vida fácil. Esposa.
Chinoca: Mulher.
Cincha: Peça dos arreios que serve para firmar o lombilho ou o serigote sobre o lombo do animal.
Colhudo: Cavalo inteiro, não castrado. Pastor. No sentido figurado, diz-se do sujeito valente, que enfrenta o perigo, que agüenta o repuxo.
Credo: Exclamação de espanto.
Cuiudo: O mesmo que colhudo.
Cupincha: Companheiro, amigo.
Cusco: Cão pequeno, cão de raça ordinária. O mesmo que guaipeca, guaipé.
Canha: o mesmo que cachaça ou cana; estar na canha, estar embriagado.
Canhada: (do cast. Cañada) espaço de terreno baixo entre duas coxilhas.
Canhadão: grande canhada, precipício, baixada profunda e larga. Atirar-se (ir, despenhar-se) por um canhadão abaixo: sofrer insucesso, agir temerária e precipitadamente, em sentido figurado.
CBTG: Confederação Brasileira da Tradição Gaúcha.
CTG: Centro de Tradições Gaúchas.
Calavera: Indivíduo velhaco, caloteiro, caborteiro, vagabundo, tonto, tratante.
Campear: Procurar pelo campo. Buscar. Esquadrinhar. Usa-se, também, em sentido figurado.
Carancho: O mesmo que cará-cará, ave de rapina muito comum nos campos do Rio Grande do Sul. Pessoa que vai a festas e divertimentos sem ter sido convidada. Indivíduo que entra de graça em baile onde é obrigatório o pagamento de ingresso. Jogador excedente, em roda de jogo de número de parceiros limitado, que fica aguardando oportunidade de substituir algum dos jogadores em possíveis impedimentos.
Chinarada: Grande número de chinas, caboclas ou índias. Diz-se também como n as Repúblicas Platinas Chinerio.
Chinaredo: Grande número de chinas.
Chorro: Jorro.
Coalheira: Um dos estômagos do animal bovino que, por conter muito ácido, é usado para coalhar ou coagular o leite para o preparo do queijo.
Cocho: Recipiente de madeira ou de outro material, de várias formas e de vários tamanhos, que serve para diversos fins: para colocar sal para o gado nos rodeios, para dar ração aos animais domésticos, para lavar mandioca, para o fabrico da farinha, etc.
Cola Fina: Expressão utilizada para identificar quem não era cola (cauda) grossa, ou seja, os de bombacha, os "grossos". Cola fina significa o animal de cola bonita, aparada, cortada...
Colhudo: Cavalo inteiro, não castrado. Pastor.; Figuradamente, diz-se do sujeito valente, que enfrenta o perigo, que agüenta o repuxo.
Corredor: Estrada que atravessa campos de criação, deles separada por cercas em ambos os lados. Há, entre as cercas, regular extensão de terra, onde, por vezes, se arrancham os que não têm ondemorar.
Cuia: Cabaça. Porongo, ou, mais propriamente, cabeça de porongo que se usa para preparar o mate. Recipiente de barro, de louça ou de madeira, usado para se tomar mate. A cuia de chimarrão, ou de mate, feita de cabeça de porongo, é, muitas vezes, guarnecida de prata, artisticamente lavrada. Cabeça.


D

Daí Tchê: Oi.
Daga: Adaga, facão.
De vereda: Imediatamente, de momento, de uma vez.
Dobrar o cotovelo: Beber, levar o copo à boca.
Doma: Ato de domar. Ato de amansar um animal xucro.
Domador: Amansador de potros. Peão que monta animais xucros.
Duro de boca: Diz-se do animal que não obedece à ação das rédeas.
Duro de Pelear: Difícil de fazer, trabalhoso.
Desaquerenciado: Não aquerenciado: "Mesmo pelo gado novo, desaquerenciado, que forcejava muito naquela divisão.


E

Embretado: Encerrado no brete, metido em apertos, apuros ou dificuldades. Enrascado, emaranhado.
Entrevero: Mistura, desordem, confusão de pessoas, animais ou objetos.
Erva-Caúna: Variedade de erva mate de má qualidade, amarga.
Erva-Lavada: Erva já sem fortidão por ter servido para muitos mates.
Estar com o diabo no corpo: Estar furioso. Estar insuportável.
Estar com o pé no Estribo: Estar prestes a sair.
Estrela-Boieira: Estrela d´Alva.
Estribo: Peça presa ao loro, de cada lado da sela, e na qual o cavaleiro firma o pé.
Estropiado: Diz-se o animal sentido dos cascos, com dificuldade de andar, em conseqüência de marchas por estradas pedregosas.
Estouro: dispersão para todas as direções dos bois de um rebanho em marcha, tomado de súbito e inexplicável pânico.


F

Facada: Pedido de dinheiro feito por indivíduo vadio, incapaz de trabalhar, que não pretende restituí-lo.
Facho: O ar livre. Usado na expressão sair do facho.
Fatiota: Terno; Conjunto de roupas do homem: calça, colete e paletó.
Fiambre: Alimento para viagem, geralmente carne fria, assada ou cozida.
Fazer a viagem do corvo: Sair e demorar muito a regressar.
Flete: Cavalo bom e de bela aparência, encilhado com luxo e elegância.
Funda: Estilingue, bodoque.
Faceiro: Elegante, garboso, taful. Diz-se também do cavalo garboso, brioso. É port. Noutro sentido. O superlativo é muito usado
Flaco: Fraco, magro, desnutrido.


G

Gadaria: Porção de gado, grande quantidade de gado, o gado existente em uma estância ou em uma invernada.
Gado chimarrão: Gado alçado, xucro, sem costeio.
Galpão: Construção existente nas estâncias, destinadas ao abrigo de homens e de animais. O galpão característico do Rio Grande do Sul é uma construção rústica, de regular tamanho, em geral de madeira bruta e parte de terra batida, onde o fogo de chão está sempre aceso. Serve de abrigo e aconchego à peonada da estância e a qualquer tropeiro ou gaudério que dele necessite.
Gato: Bebedeira, porre, embriaguez.
Gaudério: Pessoa que não tem ocupação séria e vive à custa dos outros, andando de casa em casa. Parasita. Amigo de viver à custa alheia.
Graxaim: Guaraxaim, sorro, zorro. Pequeno animal semelhante ao cão, que gosta de roer cordas, principalmente de couro cru e engraxadas ou ensebadas, e de comer aves domésticas. Sai geralmente à noite. É muito comum em toda a campanha.
Gringo: Denominação dada ao estrangeiro em geral, com exceção do português e do hispano-americano.
Guaiaca: Cinto largo de couro macio, às vezes de couro de lontra ou de camurça, ordinariamente enfeitado com bordados ou com moedas de prata ou de ouro, que serve para o porte de armas e para guardar dinheiro e pequenos objetos.
Guaipeca: Cão pequeno, cusco, cachorrinho de pernas tortas, cãozinho ordinário, vira-lata, sem raça definida. Pequeno, de minguada estatura. Aplica-se também às pessoas, com sentido depreciativo.
Guapo: Forte, vigoroso, valente, bravo.
Guasca: Tira, corda de couro cru, isto é, não curtido; Homem rústico, forte, guapo, valente.
Guasqueaço: Pancada, golpe dado com guasca. Relhaço, relhada, chicotada, chibatada, correada, açoite.
Guri: Criança, menino, piazinho, serviçal para trabalhos leves nas estâncias.
Grenal: Confronto entre os times do Grêmio e Internacional (POA).
Ganiçar: Ganir.
Guabiju: Fruta silvestre, comestível, semelhante à jabuticada, porém um pouco menor e que não cresce presa ao tronco como aquela.

H

Há cachorro na cancha: Significa que há alguma coisa atrapalhando a execução de determinado plano.
Haraganear: Andar solto o animal por muito tempo, sem prestar serviço algum.


I

Invernada: Grande extensão de campo cercado. Nas estâncias, geralmente, há diversas invernadas: para engordar, para cruzamento de raças, etc.
Iguaria: Culinária.


J

Juiz: Pessoa que julga a chegada dos parelheiros, nas carreiras, em cada laço. O mesmo que julgador.
Jururu: Cabisbaixo, tristonho, abatido.


L

Lábia: Habilidade de conversa.
Lambe esporas: Indivíduo bajulador; leva e traz.
Lasqueado: Trouxa.
Légua: Medida itinerária equivalente a 3.000 braças ou 6.600 metros. O mesmo que légua de sesmaria.
Lançante: Descida. Forte declive num cerro ou coxilha; qualquer terreno
em declive.
Loscanha
: Indivíduo meio louco, aluado


M

Macanudo: Designa alguém bonito ou algo legal.
Maleva: Bandido, malfeitor, desalmado. Cavalo infiel, que por qualquer coisa corcoveia.
Maludo: Cavalo inteiro, garanhão. Diz-se do animal com grandes testículos.
Mangueira: Grande curral construído de pedra ou de madeira, junto à casa da estância, destinado a encerrar o gado para marcação, castração, cura de bicheiras, aparte e outros trabalhos.
Manotaço: Pancada que o cavalo dá com uma das patas dianteiras, ou com ambas. Bofetada, pancada com a mão dada por pessoa.
Maricas: Homem que se ocupa de trabalhos próprios de mulheres. Homem efeminado. Homem que gosta de intrometer-se em assuntos reservados a mulher, sf (tupi amazônico maríka) Fina faixa de carne sob a pele do ventre, formada pelo músculo cuticular. pop Maricas.
MTG: Movimento Tradicionalista Gaúcho. Existe um para cada estado brasileiro.
Mamona: Diz-se de ou a terneira de sobreano que ainda mama.
Matambre: uma carne magra que há no costelar entre o couro e a carne: este matambre tira-se do couro com facilidade, e não se come senão depois de bem amaciado. Vem do cast. Mata-hambre, mata fome, por ser a primeira que se pode tirar da rês, depois da língua.
Melena: cabelo
Mexericaba: confusão ou mistura de vários objetos, de coisas ou animais que deviam estar separados; balbúrida, desordem. É diferente do sentido português


N

Negrinho: Designação carinhoso que se dá a crianças ou a pessas que se tem afeição
Num Upa: Num abrir e fechar de olhos, de golpe, rapidamente


O

Oigalê: Exprime admiração, espanto, alegria.
Orelhano: Animal sem marca, nem sinal.


P

Paisano: Do mesmo país. Amigo, camarada.
Palanque: Esteio grosso e forte cravado no chão, com mais de dois metros de altura e trinta centímetros aproximadamente de diâmetro, localizado na mangueira ou curral, no qual se atam os animais, para doma, para cura de bicheiras ou outros serviços.
Papudo: Indivíduo que tem papo. Balaqueiro, jactancioso, blasonador. O termo é empregado para insultar, provocar, depreciar, menosprezar outra pessoa, embora esta não tenha papo.
Passar um pito: Repreender, descompor.
Patrão: Designação dada ao presidente de Centro de Tradições Gaúchas (CTG). Patrão-Velho: Deus.
Pelea: Peleja, pugilato, contenda, briga, rusga, disputa, combate.
Pelear: Brigar, lutar, combater, pelejar, teimar, disputar.
Petiço: Cavalo pequeno, curto, baixo.
Piá: Menino, guri, caboclinho.
Piquete: Pequeno potreiro, ao lado da casa, onde se põe ao pasto os animais utilizados diariamente.
Poncho: Espécie de capa de pano de lã, de forma retangular, ovalada ou redonda, com uma abertura no centro, por onde se enfia a cabeça. É feito geralmente de pano azul, com forro de baeta vermelha. É o agasalho tradicional do gaúcho do campo. Na cama de pelegos, serve de coberta. A cavalo, resguarda o cavaleiro da chuva e do frio.
PôTchê: O mesmo que bah.
Potrilho: Animal cavalar durante o período de amamentação, isto é, desde que nasce até dois anos de idade. Potranco, potreco, potranquinho.
PTG: Piquete Tradicionalista Gaúcho.
Pachola: Sujeito exibido. Nó de lenço.
Parelheiro: Cavalo preparado para a disputa de carreiras. Cavalo de corrida. (Deve provir de parelha, já que a maioria das corridas realizadas, anteriormente, no Rio Grande do Sul, eram apenas de dois cavalos).
Peão: Homem ajustado para fazer o serviço do campo: esta designação se estende até aos escravos exclusivamente ocupados no serviço das estâncias.
Pealar: Prender com o laço pelas mãos ou patas dianteiras o animal que está correndo, atirando-lhe o pealo que o lança por terra. Figuradamente, armar cilada para apanhar alguém em falta, enganar, pegar de surpresa.
Pelechar: Mudar o animal de pêlo, o que acontece, geralmente, no princípio do verão.
Pereba: Ferida de mau caráter, de crosta dura, que sai geralmente no lombo dos animais. Mazela, sarna, cicatriz. Aplica-se, também, às feridas que saem nas pessoas. Figuradamente, ponto fraco. Var.: Pereva (parece provir do tupi-guarani, perebi, mancha de sarna).
Petiço: Cavalo pequeno, curto, baixo.
Picanha: uma nota do romance Divina Pastora, se lê a seguinte explicação: "É assim chamada a parte posterior da região lombar, onde há, no gado, grande acumulação de substância gordurosa." Nota-se que o melhor assado de couro é o da picanha
Piguancha: China, chinoca, caboclinha, moça, rapariga. Mulher de vida fácil.
Porongo: Cuia. Recipiente de barro, de louça ou de madeira, usado para se tomar mate.
Prenda: Jóia, relíquia, presente de valor.


Q

Que Tal?: Tudo bem?
Queixo-Duro: Cavalo que não obedece facilmente a ação das rédeas.
Quero-Mana: Denominação de antigo bailado campestre, espécie de fandango. Canto popular executado ao som de viola.
Qüera: Homem destemido, desabusado; pessoa valente.
Querência: (Do cast. Querencia) lugar ou paragem onde o animal assiste de ordinário ao pasto, ou onde foi criado. Lugar onde nasceu, se criou ou mora alguém, os pagos.
Querenciar: Fazer parar com gosto, fazer entreter


R

Rebenque: Chicote curto, com o cabo retocado, com uma palma de couro na extremidade. Pequeno relho.
Regalo: Presente, brinde.
Relho: Chicote com cabo de madeira e açoiteira de tranças semelhantes a de laço, com um pedaço de guasca na ponta.
Reponte: Ato de tocar por diante o gado de um lugar para o outro.
Repontar: Tocar o gado por diante de um lugar para outro.
Renguear: Claudicar dos membros posteriores, coxear, caminhar arrastando uma perna. Tornar rengo um animal ou uma pessoa.


S

Sair Fedendo: Fugir à disparada.
Sanga: Pequeno curso d'água menor que um regato ou arroio.
Selin: Sela própria para uso da mulher.
Sesmaria: Antiga medida agrária correspondente a três léguas quadradas, ou seja a 13.068 hectares. São 3000 por 9000 braças, ou 6.600 por 19.800 metros, ou ainda, 130.680.000 metros quadrados.
Soga: Corda feita de couro, ou de fibra vegetal, ou ainda de crina de animal, utilizada para prender o cavalo à estaca ou ao pau-de-arrasto, quando é posto a pastar. Corda de couro torcido ou trançado, que liga entre si as pedras das boleadeiras. O termo é usado também em sentido figurado.
Surungo: Arrasta pé, baile de baixa classe, caroço.
Sarandi: Terra maninha.
Sinuelo: Gado manso, acostumado ao curral, que se junta ao gado bravo, para lhe servir de guia. Diz-se de certo tipo de cabresto , usado em animais de tração.


T

Taco: Diz-se ao indivíduo capaz, hábil, corajoso, guapo.
Taipa: Represa de leivas, nas lavouras de arroz. Cerca de pedra, na região serra
Tala: Nervura do centro da folha do jerivá. Chibata improvisada com a tala do jerivá ou com qualquer vara flexível.
Talagaço: Pancada com tala. Chicotaço.
Talho: Ferimento.
Tapera: Casa de campo, rancho, qualquer habitação abandonada, quase sempre em ruínas, com algumas paredes de pé e algum arvoredo velho. Diz-se da morada deserta, inabitada, triste.
Tchê: Meu, principalmente referindo-se a relações de parentesco.
Tirador: Espécie de avental de couro macio, ou pelego, que os laçadores usam pendente da cintura, do lado esquerdo, para proteger e o corpo do atrito do laço. Mesmo quando não está fazendo serviços em que utilize o laço, o homem da fronteira usa, freqüentemente, como parte da vestimenta, o seu tirador, que por vezes é de luxo, enfeitado com franjas, bolsos e coldre para revólver.
Tosa: Tosquia, toso, esquila.
Tradição Gaúcha: Vocábulos usados no plural, significando o rico acervo cultural e moral do Rio Grande do Sul no campo literário, folclórico, musical, usanças, adagiário, artesanato, esportes e atividades culturais.
Tranco: Passo largo, firme e seguro, do cavalo ou do homem.
Tramposo: Intrometido, trapaceiro, velhaco.
Trem: Sujeito inútil.
Três-Marias: Boleadeiras.
Tronqueira: Cada um dos grossos esteios colocados nas porteiras, os quais são providos de buracos em que são passadas as varas que as fecham.
Tropeiro: Condutor de tropas, de gado, de éguas, de mulas, ou de cargueiros. Pessoa que se ocupa em comprar e vender tropas de gado, de éguas ou de mulas. Peão que ajuda a conduzir a tropa, que tem por profissão ajudar a conduzir tropas. O trabalho do tropeiro é um dos mais ásperos, pois além das dificuldades normais da lida com o gado, é feito ao relento, dia e noite, com chuva, com neve, com minuano, com soalheiras inclementes, exigindo sempre dedicação integral de quem o realiza.
Trovar: conversar, prosear.
Taura: valente, arrojado, destemido, pessoa que está sempre disposta a tudo.
Tentos: Pequenas tiras de guasca presas a duas argolas existentes na parte posterior do lombilho, de um e outro lado, às quais se amarram o poncho, o laço, ou qualquer coisa que se queira conduzir à garupa.


U

Uma-de-pé: Uma briga, conflito, luta.
Usted: Você. Usado só na fronteira.


V

Vacaria: Grande número de vacas. Grande extensão de campo que os jesuítas reservavam para criação de gado bovino.
Varar: Atravessar, cruzar.
Vareio: Susto, sova, surra, repreensão.
Vaza: Vez, oportunidade.
Vil: Covarde, desanimado, fraco.
Vivente: Pessoa, criatura, indivíduo.


X

Xepa: Comida.
Xerenga: Faca velha, ordinária.
Xiru: O mesmo que chiru.
Xucro: Diz-se ao animal ainda não domado, bravio, arrisco.


Z

Zarro: Incômodo, difícil de fazer, chato.
Zunir: Ir-se apressadamente.