quinta-feira, 12 de setembro de 2013

SEMANA FARROUPILHA

O gauchês que une gerações migra para a Capital na Semana Farroupilha

O linguajar típico campeiro, que é transmitido de pai para filho, é a principal marca dos gaúchos.

Se andares pelo parque da HARMONIA,cuidado com o linguajar da Gauchada.
 
Se te chamarem de "jaguara", cuidado, porque boa coisa não é. Mas se você for tratado como "quera", a história é outra: fique feliz, pois você está sendo elogiado.

Expressões típicas da cultura campeira migram para a Capital no mês de setembro e podem causar confusão na cabeça dos metropolitanos que visitam o parque.
Mas não venha chamar o bah, o tchê, o tri e o oigalê de gírias, que pode ser até ofensa. Segundo a estudiosa, o gauchês é um dialeto do português falado não apenas no Rio Grande do Sul, mas também em parte do Paraná e de Santa Catarina.
 As influências mais fortes são do alemão e do italiano, por força da colonização, além do espanhol e do guarani, especialmente nas áreas próximas à fronteira com o Uruguai.
— Isso se traz de casa, é algo que os mais velhos gostam de passar para nós — diz o guri.
Embora já tenha morado em pelo menos três Estados diferentes, é no Rio Grande do Sul que ele encontra e cultiva as tradições.
 O linguajar é a principal marca que faz questão de manter.
Enquanto solta um "pichorra", faz graça para uma moça que passa, elogiando sua beleza e educação, sem que a moça sequer perceba o que ele está falando.
Ainda bem que é elogio!

                                        Confira o vocabulário gaudério:

Aspa = chifre
Bochincho = festa informal
Carpim = meia de homem
Chinoca = guria que se pilcha de bota e bombacha em vez do vestido de prenda Chinaredo = bordel, onde ficam as chinas
Corpinho = sutiã
Cupincha = camarada, companheiro, amigo
Esgualepado, judiado = machucado, sem forças, acabado
Fatiota = terno
Folhinha = calendário
Guaipeca = cachorro viralata
Macanudo = sujeito forte, respeitável, talentoso
Melena = cabelo
Pechada = batida, trombada (entre automóveis)
Talagaço = golpe
Vivente = criatura viva, pessoa, indivíduo
Xirú = índio ou caboclo. Na língua tupi quer dizer "meu companheiro"
Quera = homem, gaúcho, gaudério

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