Despertara no Império do Brasil a preocupação para cuidar das fronteiras da Capitania do Rio Grande e em seu intento expansionista, organizou assim um exército em que foi dividido em dois destacamentos principais. Um acampamento em Bagé (D. Diogo de Souza) e o outro no arroio Inhanduí (São Diogo) o que de fato marcou o início dos povoamentos na região com a construção das novas capelas no lugar da que foi queimada. Após lutas entre portugueses e espanhóis, os portugueses venceram e em fins de 1818 distribuíram as primeiras sesmarias, para fins de posse e pecuária, onde ali culminaram as independências das colônias espanholas. Em 1820, a nova capela Nossa Senhora Aparecida de Alegrete foi elevada à Capela Curada, com poderes eclesiásticos nos territórios que abrangiam os atuais municípios de Uruguaiana, Quaraí, Livramento, Rosário do Sul e o atual Departamento de Artigas, na República Oriental do Uruguay, até o rio Arapey, vinculada a São Borja e por sua vez a Rio Pardo.
A construção da nossa capela, Nossa Senhora do Livramento, filial da Matriz de Alegrete e pertencente ao município de Cachoeira, teve lugar no ano de 1823 por exigência dos moradores do então Distrito de Alegrete, Fronteira do Rio Pardo, imediações de São Diogo. Pouco depois de sua conclusão no atual local foi pedida a elevação a Curato, o que foi concedido por provisão passada a 22 de março de 1824, pelo Vigário Geral efetivo Antonio Vieira da Soledade. Foi nomeada nessa ocasião o primeiro pároco, o cura frei Bernardo das Dores, carmelita descalço. Faltava, entretanto, a licença eclesiástica, que veio dois dias depois a 30 de julho de 1823, data em que se comemora a fundação oficial da cidade. Nossa Senhora do Livramento, fundada por Antonio José de Menezes, nasceu sob o signo da estância, tendo sua origem legítima baseada na economia pastoril e sua vida, como a da maioria dos núcleos urbanos do Brasil, começou sob os braços da Cruz. Em 1834, o município passou, então, a denominar-se Santa Anna do Livramento.
" Andar pelo Rio Grande é descobrir em cada rincão que se chega, uma história peculiar, ora contada pelo vento minuano que varre campos, coxilhas e serras, ora contada em proza e verso no folclore de sua gente. Andar pelo Rio Grande é provar o sabor da comida típica feita no fogão a lenha e um churrasco gaúcho junto ao fogo de chão. Sentir o calor humano e hospitaleiro, e o frio do inverno aquecido na roda de chimarrão "
sexta-feira, 23 de outubro de 2020
MEU TORRÂO GAÚCHO
ORIGEM DE SANTANA DO LIVRAMENTO
Antes, no silêncio da nossa ausência, havia calma e um pampa que corcoveava selvagemente com índios charruas e minuanos. Eram terras de quem chegasse primeiro e se instalasse em suas coxilhas. Primeiro os jesuítas espanhóis nas Missões com gado e plantações e mais o Artigas com o índio Andresito cruzando aqui e acampando no local denominado Rincão de Artigas. Depois vieram os Bandeirantes os expulsando para o outro lado do Rio Uruguai esparramando o gado dos jesuítas, surgindo assim o gado selvagem, o acasalamento de portugueses com índias e o surgimento do gaúcho, este, muitos sem pai, andarilhos bravos e quase bestas humanas ao beber o sangue quente dos animais que nem mortos ainda estavam. Logo veio a Guerra da Cisplatina e a guerra contra Artigas. Então, é montado um acampamento militar que marcou a alma da nossa terra, onde antes de se tornar pacato povoado, passou por sangrentos combates. A divisão comandada pelo general Joaquim Xavier Curado, comandante da Fronteira de Rio Pardo, estava concentrada desde 09 de fevereiro de 1811 e em 1814, onde logo se transformou em Povoado dos Aparecidos com uma capela de sapê (depois Capela Queimada), às margens do arroio Inhanduí (afluente do rio Ibirapuitã chico) a noroeste dos atuais municípios de Alegrete e Sant’Ana do Livramento.
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