CHIMARRÃO
O chimarrão (ou mate) é uma bebida característica da cultura do sul da América do Sul.
É um hábito legado pelas culturas indígenas quínchas, aimarás e guaranis.
É composto por uma cuia, uma bomba, erva-mate moída e água morna.
O termo mate, como sinônimo de chimarrão, é mais utilizado nos países de língua castelhana.
O termo "chimarrão" é o adotado no Brasil, embora seja um termo oriundo da palavra castelhana cimarrón, que designa, por sua vez, o gado domesticado que retornou ao estado de vida selvagem e também o cão sem dono, bravio, que se alimenta de animais que caça.
É importante mencionar que a descoberta da erva-mate pelos colonizadores espanhóis se deu nas terras de Guayrá (atual estado do Paraná).
Os indígenas ingeriam uma bebida feita com folhas fragmentadas e água quente, e que eram tomadas num pequeno porongo utilizando um canudo de taquara, em cuja base havia um trançado de fibras que impedia que as partículas das folhas passassem (LESSA, 1986).
A partir daí, os colonizadores entraram em contato então com a “caá-i” (que significa “água da erva”). O chimarrão é uma herança dos índios guaranis que habitavam o território do que são hoje a República do Paraguai e o estado do Paraná, e difundida pelos padres jesuítas, no tempo das Reduções.
O chimarrão chegou a ser proibido no sul do Brasil durante o século XVI, sendo considerada "erva do diabo" pelos padres jesuítas das reduções do Guairá.
A partir do século XVII, os mesmos passaram a incentivar seu uso com o objetivo de afastar as pessoas do álcool.
Fonte:
LESSA, Barbosa. História do chimarrão. 3. ed. Porto Alegre: Sulina, 1986.
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