terça-feira, 25 de setembro de 2018

SEMANA FARROUPILHA

A SHistórico
A Semana Farroupilha é um momento especial de culto às tradições gaúchas, transcendendo o próprio Movimento Tradicionalista Gaúcho. Ela envolve praticamente toda a população do Estado, se não fisicamente nos locais organizados para festejos, participando das iniciativas do comércio, dos serviços públicos, das instituições financeiras ou das indústrias.
A Semana Farroupilha é regulada por uma Lei Estadual e Regulamentada por um Decreto. Sua organização é feita em duas instâncias, a estadual com a definição de diretrizes gerais, escolha do tema básico e atividades que envolvem as distâncias públicas estaduais, e no nível local onde, na prática ocorrem os festejos as manifestações Culturais, artísticas e onde se realizam as mostras e os desfiles destacando-se o realizado a cavalo.
Em Porto Alegre, a Semana Farroupilha tem seu núcleo concentrado no Parque Maurício Sirotski Sobrinho e oferece uma intensa programação sócio, cívica e cultural, com constituição de um grande Acampamento Farroupilha que tem uma duração de quase 30 dias. Durante a Semana Farroupilha são relembrados os feitos dos Gaúchos no Decênio Heróico (1835-1845), através de palestras, espetáculos, lançamento de livros entre outras atividades.


A Saga Farroupilha

As comemorações da Revolução Farroupilha - o mais longo e um dos mais significativos movimentos de revoltas civis brasileiros, envolvendo em suas lutas os mais diversos segmentos sociais - relembra a Guerra dos Farrapos contra o Império, de 1835 a 1845. O Marco Inicial ocorreu no amanhecer de 20 de setembro de 1835. Naquele dia, liderando homens armados, Gomes Jardim e Onofre Pires entraram em Porto Alegre pela Ponte da Azenha.
A data e o fato ficaram registrados na história dos sul-ro-grandenses como o início da Revolução Farroupilha. Nesse movimento revolucionário, que teve duração de cerca de dez anos e mostrava como pano de fundo os ideais liberais, federalistas e republicanos, foi proclamada a República Rio-Grandense, instalando-se na cidade de Piratini a sua capital.
Acontecendo-se a Revolução Farroupilha, desde o século XVII o Rio Grande do Sul já sediava as disputas entre portugueses e espanhóis. Para as lideranças locais, o término dessas disputas mereciam, do governo central, o incentivo ao crescimento econômico do Sul, como ressarcimemto às gerações de famílias que lutaram e defenderam o país. Além de isso não ocorrer, o governo central passou a cobrar pesadas taxas sobre os produtos do RS. Charque, couros e erva-mate, por exemplo,passaram a ter cobrança de altos impostos. O charque gaúcho passou a ter elevadas, enquanto o governo dava incentivos para a importação do Uruguai e Argentina.
Já o sal, insumo básico para a preparação do charque, passou a ter taxa de importação considerada abusiva, agravando o quadro. Esses fatores, somados, geram a revolta da elite sul-riograndense, culminando em 20 de setembro de 1835, com Porto Alegre sendo invadida pelos rebeldes enquanto o presidente da província, Fernando Braga, fugia do Rio Grande.
As comemorações do Movimento Farroupilha, que até 1994 restringiam-se ao ponto facultativo nas repartições públicas estaduais e ao feriado municipal em algumas cidades do Interior, ganharam mais um incentivo a partir do ano 1995. Definida pela Constituição Estadual com a data magna do Estado, o dia 20 de setembro passou a ser feriado. O decreto estadual 36.180/95, amparado na lei federal 9.093/95, de autoria do deputado federal Jarbas Lima (PPB/RS), especifica que "a data magna fixada em lei pelos estados federados é feriado civil".
  

A MULHER E A REVOLUÇÃO FARROUPILHA





                   A Mulher e a Revolta Farroupilha
A Revolução Farroupilha colocou a mulher num encontro ingrato e arriscado com a vida, porém, por mais ameaçadoras, que se tenham apresentadas as circunstâncias, ela sempre soube manter-se firme: quanto mais a situação era adversa, mais a mulher soube se transformar na forja sagrada das convicções do herói farroupilha.
                  Vivandeiras, Chinas e Estancieiras
A mulher guerreira ficou conhecida por “vivandeira”, a “china de soldado”, foi a mulher, que acompanhou as tropas em seus deslocamentos e permaneceu nos campos de combate cuidando do soldado.
A mulher estancieira foi a mulher, que permaneceu na estância, administrando as lides campeiras e domésticas, tomando conta do lar, dos filhos, da estância e cuidando dos negócios do homem ausente, que rezava pelos vivos e chorava os mortos. Era, aos olhos de Deus e da sociedade patriarcal – a mãe, a esposa, a filha – permanecendo em casa, aguardando ansiosa o desfecho da guerra e o retorno do guerreiro.
A história também registra a mulher farroupilha do decênio heróico, que foi a mulher que, de uma forma ou de outra, figurou na história oficial do decênio heróico. Dentre elas, citamos Anita Garibaldi (Ana Maria de Jesus). Mulher intensamente feminina, ativa, forte de ânimo, de decisões rápidas, uma exímia cavaleira, que despertou em Giuseppe Garibaldi um fortíssimo sentimento, mesmo nos poucos contatos, que tiveram em Santa Catarina, quando da invasão de Laguna pelas tropas farroupilhas, além de Maria Josefa da Fontoura Palmiro, que promovia reuniões políticas em sua casa, em Porto Alegre, em apoio a Bento Gonçalves e aos Farrapos, também defendia a libertação dos escravos e tantas outras.
Muitas foram as heroínas desconhecidas, que lograram entrar na história, mas nem sequer seu nome é conhecido, como Caetana, esposa de Bento Gonçalves da Silva e Elautéria, mulher de Manuel Antunes da Porciúncula.
Foi neste dificílimo momento, que o valor da mulher farroupilha foi testado, fazendo com que seu coração vivenciasse as inúmeras novas circunstâncias, levando a sujeitar-se às necessidades, aos infortúnios, mas ela foi competente em sua função, incansável no desempenho do seu papel. Encantadora e generosa, companheira, não se deixou arrastar por convicções derrotistas, deixando na história um admirável perfil, abrindo perspectivas esplêndidas de esperança para seu companheiro, com admiráveis e imprescindíveis fatores decisivos e determinantes da inacreditável persistência dos farrapos.
A mulher farroupilha, com seu sentimento de compreensão e solidariedade, muito auxiliou o desenvolvimento da semente da República Rio-grandense, fazendo frutificar, em heroísmo, a alma da gente farroupilha. Ela soube avaliar e enfrentar o perigo, não para receá-lo e sim para combate-lo. Esta foi a mais sublime e valorosa lição feminina, raramente descrita com a merecida justiça e homenagem dos pósteros.
A mulher sempre promoveu a mais iluminada unidade de fé, auxiliou a compor as mais importantes páginas da história gaúcha, em meio a grande destruição, acreditou e fez acreditar, que sempre se salva algo dignificante da vida.
Inúmeras foram as heroínas anônimas, que, cuidando dos filhos, dos interesses familiares e da economia do Rio Grande, deram ânimo, apoio e acreditaram nos anseios farroupilhas.
Voltando o olhar sobre nosso heroico passado, constatamos que, mesmo durante o dramático e sangrento decênio farroupilha, o homem nunca esteve só: a providência divina colocou ao seu lado uma grande auxiliadora e fiel companheira, que lhe foi idônea.
                       A Mulher Tradicionalista
O tradicionalismo prima por preservar, divulgar e cultuar a tradição gaúcha, ou seja, o patrimônio sócio-cultural desta sociedade com tradição machista.
Mas a mulher gaúcha, com sua intuição feminina de simplicidade, sentimento materno e inteligência, soube conquistar seu espaço ao lado daquele que é considerado o “mais machista dentre os homens”.
A mulher tradicionalista está ao lado do homem tradicionalista a orientar, a administrar e a planificar o tradicionalismo gaúcho. A mulher tem contribuído e muito para o engrandecimento e fortalecimento dos princípios, da filosofia do tradicionalismo, do cumprir e fazer cumprir seus Estatuto e Regulamento, suas normas, ao desempenhar funções como Patrão, Coordenadora Regional, Conselheira e detentora de outros cargos tão importantes e decisivos na estrutura organizacional e administrativa do tradicionalismo gaúcho, no propagar, divulgar e cultuar a tradição do Rio Grande.
                                                                                                                                                     Trecho do texto escrito por Maria Izabel T. de Moura/MTG

sábado, 1 de setembro de 2018

A PALAVRA GAÚCHO - SIGNIFICADO



O QUE SIGNIFICA A PALAVRA “GAÚCHO
 Segundo o Dicionário de Regionalismo do Rio Grande a palavra Gaúcho significa:
Habitante do Rio Grande do Sul, dedicado à vida pastoril e perfeito conhecedor das lides campeiras, Habitantes da Argentina e do Uruguai, da região de campanha, com origem e costumes assemelhados aos dos rio-grandenses. Primitivamente: Changador, gaudério, ladrão, contrabandista, vagabundo, coureador, desregrado, andejo. Índio ou mestiço, maltrapilho, sem domicílio certo, que andava, de estância em estância, trabalhando em serviços que fossem executados a cavalo. Remanescentes de tribos guerreiras que habitavam a Argentina, o Uruguai e o Rio Grande do Sul, às vezes amestiçados com portugueses e espanhóis, nômades, hábeis cavaleiros, extremamente valentes, desprendidos de tudo, inclusive da vida, valorosos, leais, hospitaleiros, ocupados alguns com as lides da vida pastoril primitiva, outros com roubos de gado ou contrabando, e outros, ainda, a maioria transitoriamente, com a vida militar em que exerciam funções de bombeiros, de chasques, arrebanhadores de gado e de cavalos, de vaqueanos, de isca para o inimigo, ocupando postos que variavam de soldado raso a general.
Já na minha opinião hoje temos alguns tipos de gaúchos, os principais são estes:
      O Gaúcho Legitimo: É aquele nascido na Argentina, Uruguai e no Rio Grande do Sul, e que preserva costumes como o habito de matear ao pé do fogo de chão ou no próprio fogão a lenha, o uso da bombacha, entre outros costumes peculiares do gaúcho, isto no seu dia a dia, sem distinção do dia da semana. Acostumado ao sistema rude da lida campeira, da mão calejada de trabalhar a terra, e de lidar com gado e cavalo.
O Gaúcho de Tradição: É todo aquele que não importando estado país de nascimento, cor, raça, ou que vive no campo ou cidade, mas que veste uma bombacha, encilha um pingo no fim de semana e vai para um rodeio laçar, ginetear, dançar num fandango, matear com os amigos nas noites de rodeio, formando verdadeiras cidades de lona, onde todos são amigos e irmãos, com um objetivo em comum, Manter Viva a Nossa Cultura Gaúcha. Mas não é só isto que faz um vivente ser um Gaúcho, o verdadeiro “Gaúcho” em qualquer lugar, dia, hora, orgulha-se e bate no peito e diz em alto e bom tom que “Orgulha-se de Ser Gaúcho”.
O Gaúcho de Fim de Semana ou Gaúcho de Loja: Este por sua vez é o que mais temos, pois é todo aquele que simplesmente se pilcha no final de semana pra ir para algum bailezinho e somente isto, este por sua vez quando convidado para usar a pilcha fora do salão de baile, ou se nega ou comete a maior ofensa para o gauchismo, diz que tem vergonha de andar na rua pilchado, normalmente inventa moda na nossa indumentária. Mas estes “gaúchos” até certo ponto têm seu valor, pois dentre destes acabam surgindo grandes tradicionalistas!
O ser GAÚCHO não é como muitos pensam, vestir uma bombacha e calçar uma bota apenas, mas sim um estado de espírito e um estilo de vida, que mesmo para aqueles que vivem na cidade, apreciam as coisas simples da vida do campo.
Tradição gaúcha não é moda, mas sim história e costumes de um povo, e por isto é fundamental o respeito e não cairmos nas tentações do modismo que vem de certa forma 
“Bagunçando a Tradição Gaúcha”.

DIALETO GAÚCHO

   Vocábulos locais
  • ancinho = rastilho, rastelo, ciscador, catador de folhas
  • apanhar = surra, espancar
  • aprochegar = aproximar-se, chegar perto
  • aspa = chifre
  • aspaço / aspada = chifrada
  • atucanado ou tuquiado = atrapalhado, cheio de problemas ou irritado
  • avio = isqueiro
  • azulzinho = guarda de trânsito
  • baita = grande, crescido; (Se usa em outras partes do Brasil)
  • bagual = excelente, bom, ótimo ou cavalo xucro
  • bergamota = tangerina
  • bochincho = festa informal
  • bodoque / funda = estilingue
  • bolicho = boteco, botequim
  • borracho = bêbado
  • branquinho = beijinho (doce), porém sem coco
  • brigadiano = policial da Brigada Militar (corporação equivalente à Polícia Militar)
  • cacetinho = pão francês
  • campear = procurar, ir em busca de algo
  • cancheiro = pessoa que tem experiência e/ou habilidade em alguma coisa
  • capaz = de jeito nenhum, não, de forma alguma.
  • carpim = meia
  • casamata = banco de reservas (futebol)
  • chapa = radiografia ou dentadura
  • chavear = trancar com a chave
  • chimia = geleia de frutas
  • china = à-toa, mulher
  • chinoca = guria que se pilcha de bota e bombacha ao invés do vestido de prenda, prenda que passou dos 30 anos.
  • chinaredo = bordel; onde fica o chinaredo
  • chinchado = cheio, satisfeito, farto
  • chinelagem = expressão para comportamento despojado, decadente, brega ou desajeitado, ou ainda ato ou objeto de gosto duvidoso ou popular (no sentido de brega). No Nordeste a expressão "fuleragem" tem o mesmo significado.
  • chinelão = pessoa que pratica a chinelagem
  • colorado = torcedor do Sport Club Internacional
  • cuecão = ceroula
  • cuia (para mate) = suporte para a erva-mate
  • cupincha = camarada, companheiro, amigo (Em outras regiões essa expressão também é usada no mundo do crime, sendo sinônimo nesse caso a comparsa, capacho ou jagunço)
  • cusco = cachorro, cão pequeno
  • entrevero = mistura, desordem, confusão de pessoas, briga
  • faceiro = alegre, contente
  • fatiota = terno
  • folhinha = calendário
  • gaudério = homem do campo (gaudério não é sinônimo de gaúcho, como erroneamente dizem)
  • goleira = baliza (campo de futebol)
  • gremista = torcedor do Grêmio Foot-Ball Porto Alegrense
  • guaipeca / guadéra = cachorro vira-lata
  • guaiaca = espécie de pochete de couro
  • guampa = chifre
  • guri = menino, garoto (Se usa em outras partes do Brasil)
  • guria = menina, moça (Se usa em outras partes do Brasil)
  • inticar = provocar
  • lancheria = lanchonete
  • laço = apanhar, surra
  • lomba = ladeira
  • macanudo = forte, encorpado, usado tanto para pessoas quanto para objetos
  • matear = tomar erva-mate
  • melena = cabelo
  • minuano = vento vindo do sul que traz as massas gélidas do Polo Sul
  • negrinho = brigadeiro (doce)
  • pandorga = papagaio, pipa
  • parelho = liso, homogêneo, igual
  • patente = vaso sanitário
  • pebolim = totó, fla-flu
  • pechada = batida (entre automóveis), trombada
  • pedro e paulo = dupla de policiais militares
  • peleia = briga
  • piá = guri, menino
  • pila = palavra regional que dá nome a moeda nacional, no caso o Real (ex: 10 pila, 25 pila - usa-se sempre no singular)
  • pingo ou matungo = cavalo
  • pousar = dormir na casa de outrem
  • prenda = mulher do gaúcho
  • quebra-molas = lombada
  • rabicó = gominha de cabelo
  • remolacha = beterraba
  • roleta = catraca
  • rótula = rotatória, redondo
  • sestear = dormir depois do almoço
  • sinaleira = semáforo
  • talagaço = golpe
  • taura = o mesmo que macanudo (valente)
  • tchê = interjeição que se encaixa em praticamente qualquer frase ou situação (ver "Interjeições típicas")
  • terneiro = bezerro
  • topinho = lacinho; laço
  • trava = freio, breque
  • tri = prefixo que significa "muito" (ex.: tri legal, tri bonita), ou simplesmente "legal" (ex.: é tri)
  • veranear = passar o verão
  • vivente = criatura viva, pessoa, indivíduo
  • xavante = torcedor do Brasil de Pelotas
  • xiru = índio ou caboclo. Na língua tupi quer dizer "meu companheiro"
  • xis = hambúrguer

Expressões locais

  • aguentar o tirão = suportar as consequências ou uma situação difícil
  • andar pelas caronas = andar mal, estar em dificuldade
  • arrastar a asa = enamorar-se
  • bem capaz = ênfase na negação.
  • botar os cachorros = xingar, ofender alguém
  • dar com os burros n'água = dar-se mal, ser mal sucedido
  • deitar nas cordas = fazer corpo mole
  • de rédeas no chão = entregue, submisso, apaixonado
  • de valde = de balde, em vão
  • de vereda = imediatamente, já
  • é tiro dado e bugio deitado = acertar de primeira; ter certeza do que faz
  • entregar as fichas = ceder, concordar
  • estar com o diabo no corpo = estar furioso, insuportável
  • faceiro que nem gurí de calça nova = muito contente, alegre
  • faceiro que nem gordo de camisa nova = o mesmo do item anterior
  • faceiro que nem égua de dois potrios = o mesmo do item anterior
  • frio de renguear cusco = frio tão intenso que pode deixar um cachorro mancando
  • índio velho = camarada
  • ir aos pés = fazer as necessidades na patente
  • juntar os trapos = casar, viver junto
  • lamber a cria = mimar o filho
  • lagartear = ficar sem fazer nada, ao sol
  • matar cachorro a grito = estar sem dinheiro, estar na miséria, viver com dificuldade
  • me caiu os butiá dos bolso = ficar de queixo caído, espantado
  • meter a viola no saco = calar-se, desistir, acovardar-se
  • morar para fora = morar no campo (fazenda, sítio ou vila pequena)
  • na ponta dos cascos = pisando em ovos/ preparado, pronto - na ponta dos cascos - refere-se a cavalo que está pronto para corrida (favorito)
  • no mato sem cachorro = em dificuldade, em apuros
  • olhar de cobra choca = olhar dissimulado
  • se aprochegar = chegar mais próximo, se acomodar
  • sentar o braço = surrar, espancar, esbofetetar, bater
  • terneiro guacho = tomador de leite
  • tunda de laço = apanhar

Interjeições típicas

  • Bah! = Puxa!, Nossa!, Que coisa! - é primariamente, uma interjeição de espanto, mas pode ter outros usos, como, por exemplo, mostrar hesitação ao iniciar uma frase.
  • Tchê! = Expressão utilizada para enfatizar a oração. Assim como Bah pode ser utilizado para muitas coisas, como por exemplo, Tchê, ganhei na loteria!.
  • Mas que barbaridade! = Que coisa! - é uma interjeição que indica indignação.
  • Capaz? = É mesmo?, Imagina! - indica espanto e dúvida ao mesmo tempo quanto ao que a pessoa acabou de ouvir.
  • Bem Capaz! = Com uma entonação típica, significa "De jeito nenhum".
  • Que tri! = Que legal!
  • A la pucha! = Interjeição de surpresa que enaltece o que se escutou, como por exemplo, Mas a la pucha que pala bela!

Algumas comparações

No Rio Grande do SulTu pegou algumas frutas?
No Rio Grande do SulMas que "guri" ligeiro esse!
Há diferenças também nas próprias regiões do Rio Grande do Sul, por influência da colonização:
  • Na cidade de Porto AlegreBah! Tu viu que o cara cuspiu no chão?
  • Na cidade de PelotasBah! Tu viste que o cara pulou a cerca?

ORIGEM DO CAVALO CRIOULO

O Cavalo Crioulo


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O cavalo Crioulo tem sua origem nos equinos Andaluz e Jacas espanhóis, trazidos da península ibérica no século XVI pelos colonizadores. Estabelecidos na América, principalmente na Argentina, Chile, Uruguai, Paraguai, Peru e sul do Brasil, muitos desses animais passaram a viver livres, formando manadas selvagens que, durante cerca de quatro séculos, enfrentaram temperaturas extremas e condições adversas de alimentação. Essas adversidades imprimiram nestes animais algumas de suas características mais marcantes: rusticidade e resistência. Em meados do século XIX, fazendeiros do sul do continente começaram a tomar consciência da importância e da qualidade dos cavalos que vagavam por suas terras. Esta nova raça, bem definida e com características próprias, passou a ser preservada, vindo a ganhar notoriedade mundial a partir do século XX, quando a seleção técnica exaltou o seu valor e comprovou suas virtudes.  Em 1932, foi fundada a Associação Brasileira de Criadores de Cavalos Crioulos - ABCCC, com a missão de preservar e difundir o cavalo Crioulo no país.   Cinquenta anos depois, a prova do Freio de Ouro veio para ficar, tornando-se uma importante ferramenta de seleção, uma vez que motivou a otimização da raça, tanto morfológica quanto funcionalmente. A transmissão da prova pela televisão aumentou a visibilidade do cavalo Crioulo, cujo universo movimenta anualmente R$ 1,28 bilhão. Hoje são mais de 400 mil animais distribuídos em 100% do território nacional.

PÓDIO DA NACIONAL DE PALETEADA EXPOINTER 2018

          Pódio formado na Final Nacional de Paleteada




1º lugar: Pablo Rodrigues com Neruda do Boeiro e Mauricio Costa com PP Presnte da Renascer


2º lugar: Francisco Martins Bastos Sobrinho montando Abagualada do Barulho e Carlos Félix montando La Passion Estrela


3º lugar: Felipe Weber montando Milonga do Ouriço e Pedro Carvalho montando Faceiro do Ouriço









FINAL PALETEADA EXPOINTER 2018

                  Pódio formado na Final Nacional de Paleteada







Expectativa até o último boi e debaixo de muita chuva. Parece que o cenário se repete quando o assunto é Paleteada, principalmente na Final Nacional da modalidade, no Parque Assis Brasil, em Esteio/RS. Foi assim que as 63 duplas participantes fecharam o ciclo 2018, nos dias 30 e 31 de agosto, consagrando Pablo Rodrigues, montando Neruda do Boeiro, e Mauricio Costa, montando PP Presente da Renascer, como campeões. 
Para formar um time de 70 duplas classificadas à grande final, 2620 animais disputaram 49 credenciadoras e 3 classificatórias (Alegrete, Bagé e Osório) - 60 no Rio Grande do Sul, cinco de outros estados do Brasil, duas do Uruguai, o campeão da modalidade do ciclo 2017 e, por fim, campeão e vice da Força B. 
Com um número crescente de adeptos, a Paleteada foi vista como alvo de muita evolução pelos jurados Júlio César Hax e Thiago Persici, que além de já terem marcado presença no julgamento nos anos de 2014 e 2015, ainda têm a experiência do lado de dentro das pistas, como competidores da corrida do boi. “Foi uma grande inovação ter incluído a retomada. Eram dois bois, agora são quatro. E realmente a retomada é um grande diferencial. A evolução é muito rápida de um ano para o outro, e eu acho que vamos ter algumas modificações para dificultar um pouco mais", opinou Persici. 
O crescimento da prova foi atestada também por Júlio César Hax. “Eu acredito que evoluiu muito. Hoje o grau de exigência da prova está muito grande e com o passar do tempo os competidores foram se adequando com um novo sistema e a prova foi hoje, na final, que a maioria conseguiu paletear com retomada e bem”, finalizou Hax. 
Ainda em pista, presenças que chamaram a atenção: Luiz Alberto Martins Bastos, que nos dias anteriores julgava a categoria machos da Morfologia da Expointer; Gabriel Marty, ginete de Colibri Matrero, que correu o Freio de Ouro - recebendo o Freio de Bronze 2018 - além dos ginetes que subiram no lugar mais alto do pódio. 
A dupla campeã formada por Pablo Rodrigues e Mauricio Costa, que montaram Neruda do Boeiro e PP Presente da Renascer, respectivamente, formou-se poucos dias antes da Final Nacional. Originalmente participaria da prova a dupla formada por Pablo Rodrigues e George Arthur Larré, que precisou desistir da disputa por problemas de saúde. 
Com um 1º lugar na Final Nacional de Paleteada de 2016 na bagagem, Mauricio Costa foi o nome escolhido para completar a dupla. “Graças a Deus eu tava tendo a honra de correr ao lado de um campeão nacional e tivemos a sorte de a gente se acertar e o improviso deu certo”, finalizou Pablo Rodrigues. 
Para Mauricio Costa, a amizade pesou a favor do convite recebido. “Aceitei porque são grandes amigos meus e não tem como dizer ‘não’ a grandes amigos. Sabendo que estavam passando por dificuldades por motivo de saúde, não teria como deixar de fora o grande sonho deles”, comentou Mauricio. 
Organizado pela Associação Brasileira de Criadores de Cavalos Crioulos (ABCCC), o circuito de Paleteada conta com o patrocínio de Banrisul, Supra, Vetnil, Nissan e Biscoitos Zezé. O evento teve ainda a supervisão técnica de Felipe Caccia Maciel, técnico credenciado à ABCCC.

Confira o resultado:

1º lugar
Pablo Rodrigues montando Neruda do Boeiro e Mauricio Costa montando PP Presente da Renascer
2º Lugar
Francisco Martins Bastos Sobrinho montando Abagualada do Barulho e Carlos Félix montando La Passion Estrela
3º Lugar
Felipe Weber montando Milonga do Ouriço e Pedro Carvalho montando Faceiro do Ouriço
Selo de Raça
Kaká da Tradição
 Melhor Égua de Paleteada
Milonga do Ouriço