quarta-feira, 5 de abril de 2017

OS BUTIAZEIROS DO RIO GRANDE

BUTIÁ
 
 


Butiá, Santa Vitória do Palmar, Palmares do Sul e Palmeira das Missões são cidades que fazem parte do cenário gaúcho. Mesmo que bem distantes, em comum em suas paisagens estão os butiazeiros, palmeiras, provedoras do butiá. Um fruto que tem diversas facetas, ora doce, ora ácido, ora amarelo, ora alaranjado, o butiá é uma alternativa para os produtores que podem aproveitar o fruto tanto para consumo in natura, como no processamento de bebidas e alimentos. Suas folhas, bem como suas fibras, ainda são muito usadas no artesanato.

Na Embrapa Clima Temperado, em Pelotas/RS, são estudadas cinco espécies desta planta. Dentro das espécies existem grandes variações, desde o formato da fruta nativa ao seu tamanho, cor e sabor. Atualmente na Unidade de pesquisas, está sendo realizado o mapeamento de populações naturais de butiazais e as variações genéticas existentes. A pesquisadora da Embrapa, Rosa Lía Barbieri, explica que os butiazeiros demoram de cinco a dez anos para produzir os primeiros cachos, porém, vale o investimento, já que estes podem passar de 100 anos e continuar a produzir.

O butiá agrada ao produtor devido a seus vários usos. No Rio Grande do Sul, além da produção de sucos, sorvetes, bolos e doces, ainda é possível ver o butiá servindo de complemento para cachaça em bares do interior do Estado. Suas folhas e fibras, depois de secas, ainda podem servir para o artesanato. Bolsas, garrafas ornamentadas, caixas e até mesmo esculturas, podem ser construídas com partes "não comestíveis"da planta.

Além de agradar o produtor, o butiá também agrada o consumidor: o fruto é saboroso, rico em carotenóides, precursores da vitamina A, possui altíssimos níveis de potássio e ferro, além de grande quantidade de vitamina C.

O butiá, assim como a pitanga e o araçá, fazem parte da composição do cenário gaúcho.

 

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