sexta-feira, 9 de dezembro de 2016

CAFÈ GAÙCHO

                                        
                                           Café de Cambona ou Café de Tropeiro
 
 


                                      
Os gaúchos adotaram o costume vindo dos mascates, chegavam, faziam fogo e colocavam as cambonas com água para esquentar. Montavam um local parecido com um acampamento, desencilhavam os cavalos, tirando das malas de garupa o café, as bolachas e o açúcar. O café de cambona tem um forte cheiro agradável e conforme o tronco do brasão que se bota da um aroma diferente e um tempero a mais no café.
Em geral, os tropeiros e carreteiros costumavam dividir as obrigações do fogão entre si. Enquanto um fazia o café, outro podia ser o assador, ou fazer o mate, a outro, a responsabilidade de juntar lenha, por isso também conhecido como café de tropeiro.
Quem ficava encarregado de fazer café, colocava a água a ferver na cambona, depois retirava do fogo e despejava dentro dela duas colheres de café em pó. Mexia com a ponta da faca até dissolver todo, ou com uma colher, depois voltava com a cambona ao fogo. Quando levantava nova fervura, retirava do fogo e colocava um tição aceso dentro do café, provocando uma ebulição. Mantinha o tição dentro do café por segundos. Com as costas da faca, dava algumas pancadinhas por fora, na cambona.
Sentavam nos arreios ou nos pelegos dobrados para tomar o café que era acompanhado por bolachão ou pão caseiro, trazido na mala de garupa. Alguns preferiam ficar acocorados nos "garrões", como é hábito entre nosso homem do campo, herdado dos índios. A sobra do café nas cambonas era posto fora e as vasilhas bem lavadas na sanga.

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