quinta-feira, 21 de novembro de 2013

GAÙCHO CORAÇÂO



                                      Gaúcho de coração



O mundo que levo por diante não mostra sorriso na cara que tem,
É o mundo de tropa e de campo, de lombo sovado, dos pialos que vem.
Eu pecho esse mundo de frente afiando minhas garras pro mal e pro bem,
Mas também sei sonhar nos sonhos de um certo alguém.
Um mundo com rincho de potro, tinidos de espora e revolução,
O mundo que preza a bandeira, que fez a fronteira com sangue no chão.
Eu sou guardião desse mundo, de alma guerreira e rédeas na mão,
Mas me pilcho de paz, quando ponteio um violão.
Sou gaúcho de rédeas na mão,
Sou gaúcho ponteando um violão.
Neste mundo de deus,
Sempre fiel ao meu chão.
Sou gaúcho de laço e canção,
Sou gaúcho peleia e paixão.
Neste mundo que é meu,
Gaúcho é meu coração.
O peito com jeito de pedra, de cerca farrapa, de flecha certeira,
Na lida mostrei o destino pra muito malino sem eira nem beira.
A adaga desenha a desgraça pra alguém que me faça perder a estribeira,
Mas me amanso ao mirar, um certo olhar na boieira.
As rédeas que trago bem curtas evitam que o tempo dispare de mim,
A vida me atora de bala e cada balaço não é de festim.
Eu sou garantido e sustento meu mundo e meu jeito gaúcho até o fim,
Mas sou pura emoção, se meu amor diz que sim.
                                                                                                    "Cristiano Quevedo"

Um comentário:

  1. " Andar pelo Rio Grande é descobrir em cada rincão que se chega, uma história peculiar, ora contada pelo vento minuano que varre campos, coxilhas e serras, ora contada em proza e verso no folclore de sua gente. Andar pelo Rio Grande é provar o sabor da comida típica feita no fogão a lenha e um churrasco gaúcho junto ao fogo de chão. Sentir o calor humano e hospitaleiro, e o frio do inverno aquecido na roda de chimarrão "

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