I - Auxiliar o
Estado na solução dos seus problemas fundamentais e na conquista do bem
coletivo. II - Cultuar e difundir nossa História, nossa formação social,
nosso folclore, enfim, nossa Tradição, como substância basilar da
nacionalidade. III - Promover, no meio do nosso povo, uma retomada de
consciência dos valores morais do gaúcho. IV - Facilitar e cooperar com a
evolução e o progresso, buscando a harmonia social, criando a consciência do
valor coletivo, combatendo o enfraquecimento da cultura comum e a desagregação
que daí resulta. V - Criar barreiras aos fatores e idéias que nos vem pelos
veículos normais de propaganda e que sejam diametralmente opostos ou antagônicos
aos costumes e pendores naturais do nosso povo. VI - Preservar o nosso
patrimônio sociológico representado, principalmente, pelo linguajar, vestimenta,
arte culinária, forma de lides e artes populares.
VII - Fazer de cada CTG
um núcleo transmissor da herança social e através da prática e divulgação dos
hábitos locais, noção de valores, príncipios morais, reações emocionais, etc.;
criar em nossos grupos sociais uma unidade psicológica, com modos de agir e
pensar coletivamente, valorizando e ajustando o homem ao meio, para a reação em
conjunto frente aos problemas comuns.
VIII - Estimular e incentivar o processo aculturativo do elemento
imigrante e seus descendentes. IX - Lutar pelos direitos humanos de
Liberdade, Igualdade e Humanidade. X - Respeitar e fazer respeitar seus
prostulados iniciais, que têm como característica essencial a absoluta
independência de sectarismos político, religioso e racial. XI - Acatar e
respeitar as leis e poderes públicos legalmente constituídos, enquanto se
mantiverem dentro dos princípios do regime democrático vigente. XII - Evitar
todas as formas de vaidade e personalismo que buscam no Movimento
Tradicionalista veículo para projeção em proveito próprio. XIII - Evitar toda
e qualquer manifestação em proveito próprio. XIV - Evitar atitudes pessoais
ou coletivas que deslustrem e venham em detrimento dos princípios da formação
moral do gaúcho. XV - Evitar que núcleos tradicionalistas adotem nomes de
pessoas vivas. XVI - Repudiar todas as manifestações e formas negativas de
exploração direta ou indireta do Movimento Tradicionalista. XVII - Prestigiar
e estimular quaisquer iniciativas que, sincera e honestamente, queiram perseguir
objetivos correlatos com os do tradicionalismo. XVIII - Incentivar, em todas
as formas de divulgação e propaganda, o uso sadio dos autênticos motivos
regionais.
XIX - Influir na literatura, artes clássicas e populares e outras formas de
expressão espiritual de nossa gente, no sentido de que se voltem para os temas
nativistas. XX - Zelar pela pureza e fidelidade dos nossos costumes
autênticos, combatendo todas as manifestações individuais ou coletivas, que
artificializem ou descaracterizem as nossas coisas tradicionais. XXI -
Estimular e amparar as células que fazem parte de seu organismo social. XXII
- Procurar penetrar a atuar nas instituições públicas e privadas, principalmente
nos colégios e no seio do povo, buscando conquistar para o Movimento
Tradicionalista Gaúcho a boa vontade e a participação dos representantes de
todas as classes e profissões dignas. XXIII - Comemorar e respeitar as datas,
efemérides e vultos nacionais e, particularmente o dia 20 de setembro, como data
máxima do Rio Grande do Sul. XXIV - Lutar para que seja instituído,
oficialmente, o Dia do Gaúcho, em paridade de condições com o Dia do Colono e
outros "Dias" respeitados publicamente. XXV - Pugnar pela independência
psicológica e ideológica do nosso povo. XXVI - Revalidar e reafirmar os
valores fundamentais da nossa formação, apontando às novas gerações rumos
definidos de cultura, civismo e nacionalidade. XXVII - Procurar o
desportamento da consciência para o espírito cívico de unidade e amor à
Pátria. XXVIII - Pugnar pela fraternidade e maior aproximação dos povos
americanos. XXIX - Buscar, finalmente, a conquista de um estágio de força
social que lhe dê ressonância nos Poderes Públicos e nas Classes Rio-Grandenses
para atuar real, poderosa e eficientemente, no levantamento dos padrões de moral
e de vida do nosso Estado, rumando, fortalecido, para o campo e homem rural,
suas raízes primordiais, cumprindo, assim, sua alta distinação histórica em
nossa Pátria.
Fonte: A Carta de Príncipios do Movimento Tradicionalista
Gaúcho foi escrita por Glaucus Saraiva |
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